O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, declarou nesta quarta (02) que a cidade poderá avaliar o uso de máscara de proteção em locais fechados. O tema será assunto da próxima reunião do Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19.
“Com um panorama epidemiológico mais favorável, nada mais correto do que a gente acompanhar esses dados com alteração das medidas. Claro que se em algum momento a gente ver aumento nos casos, nas internações, a gente pode voltar com alguma medida restritiva. Mas não é o que parece. Com uma alta cobertura vacinal, a gente está vendo outros países também retirando essas medidas restritivas, aqui no Rio de Janeiro não seria diferente”, disse o secretário.
Vale lembrar que o uso de máscara em ambientes abertos (como vias públicas, praças, parques, dentre outros) não é obrigatório desde final de outubro de 2021. De acordo com Soranz, a reunião do Comitê Especial estava marcada para o dia 14, mas foi antecipada para o dia 7 a pedido do prefeito, Eduardo Paes.
Passaporte Vacinal e outras medidas – Daniel Soranz disse, ainda, que um parâmetro de cobertura da dose de reforço da vacina contra a covid-19 para que o passaporte vacinal na cidade deixe de ser obrigatório. Atualmente, 99,1% da população adulta já recebeu as duas doses e 53% recebeu a dose de reforço.
Outras medidas restritivas, como limite de ocupação de ambientes, foram retiradas em novembro, antes do aumento de contaminação pela variante Ômicron, visto em janeiro. No início do ano, não foram impostas nem revistas as medidas restritivas.
“A gente vai definir na reunião do comitê. Mas a expectativa é que chegando entre 70%, 80% da população adulta com dose de reforço, a gente possa retirar a cobrança do passaporte vacinal na cidade do Rio de Janeiro”, acredita Soranz.
Soranz alertou que a falta da dose de reforço pode, inclusive, levar à reintrodução de variantes do novo coronavírus que já não circulam na cidade. “A gente viu que mesmo com as aglomerações, mesmo com o intenso fluxo de turistas, a alta cobertura vacinal segurou o aumento do número de casos graves. Mas essa proteção e essa cobertura não duram para sempre”, disse.
“A gente tem insistido muito com isso, porque pode ser uma falsa sensação de segurança achar que a gente está seguro por um período muito maior e não estamos se a gente não fizer a dose de reforço, a gente pode ter a reintrodução de uma variante que já passou, a gente pode ter um retorno da Delta, o retorno da Ômicron, o retorno de outra variante que já saiu da predominância do quadro de variantes na cidade”, concluiu Soranz.