Duas importantes áreas de preservação ganharam, ações de plantio e de limpeza dentro do projeto de reflorestamento que está sendo desenvolvido em áreas de Mata Atlântica em Niterói.
Enquanto equipes trabalhavam realizando plantio de espécies como Juçara e Ipês no Parque de Cidade, a restinga de Itacoatiara recebeu tratamento especial, com limpeza de plantas invasoras e preparação do terreno para receber mudas próprias para a região, como a pitanga.
As duas iniciativas fazem parte do maior projeto de restauração ecológica e inclusão social já realizado na cidade. Desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Recursos Hídricos, ele teve início em 2019 e tem duração de quatro anos, com investimento de R$ 2,9 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo do programa é recuperar um total de 203,1 hectares de diferentes fitofisionomias da Mata Atlântica.
O Parque da Cidade, sede do Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit), recebeu nesta semana mais de 70 mudas de Juçará, Ipê, Jequitibás e outras espécies de vegetação de Mata Atlântica, que desempenham um papel importante na revegetação. No local, segundo os participantes do projeto, o cuidado é redobrado. A revegetação muitas vezes ocorre em local onde a mata já é fechada.
Desde agosto do ano passado, voluntários já lançaram aproximadamente 340 mil sementes de palmeira juçara e plantaram 350 mudas da espécie, numa área total de cerca de 40 hectares. O reflorestamento acontece no entorno e vales centrais do Parque.
No bairro de Camboinhas já foram plantadas cerca de 2,5 mil mudas. Também foi implantado o conceito de Economia Circular, onde há o reaproveitamento de resíduos, o que também torna o projeto uma iniciativa sustentável.
As plantas invasoras passam por um processo de trituração e, após compostagem, são transformadas em adubo para o plantio de espécies originais da restinga. No ano passado, 150 metros cúbicos de espécies exóticas foram reaproveitados.