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Niterói: rodoviários da empresa Brasília podem entrar em greve

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O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), Rubens dos Santos Oliveira, anunciou nesta segunda (12) que trabalhadores da empresa Brasília, operadora de linhas que atendem sete bairros das zonas Norte e Sul, além do Centro de Niterói, podem aderir a uma greve. O motivo seria o não cumprimento de direitos trabalhistas por parte da empresa.

“Sabemos que a Brasília e outras empresas não estão depositando o FGTS e pagando o INSS dos funcionários. Isso tem que ser acertado agora. Atrasos nos pagamentos e nos benefícios também são intoleráveis e levarão a uma greve da categoria”, comentou Rubens Oliveira.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj), a Brasília opera seis linhas: 28 e 29 (Centro x Largo do Cravinho), 41JN e 41BC (Centro x Venda da Cruz), 61 (Icaraí x Venda da Cruz) e 67 (Centro x Morro do Castro).

Caso seja deflagrada, a greve atrapalharia a rotina de milhares de usuários que utilizam as linhas operadas pela empresa. Caso, por exemplo, de Aline de Souza, moradora do Barreto. “No dia a dia iria dificultar bastante meu deslocamento e isso influencia no cansaço, no tempo (por fazer caminhadas desnecessárias e acordar mais cedo), influenciaria no meu estado emocional (estresse) e, com isso tudo ainda teria que passar a pagar por passagens intermunicipais, com ônibus que vem de São Gonçalo”, disse.

“Em específico, a linha do meu ônibus já é ruim. A frota dá para contar no dedo e os horários são horríveis, inclusive às 21h já não tem mais ônibus no Terminal”, completou Aline.

O ex-rodoviário Almir Elias, morador da Vila Ipiranga, desistiu de tentar usar o transporte coletivo. “O ônibus nunca passa, some. Por isso eu ando de carro. A máfia das empresas é gigante”, disse.

Nesta segunda (12), uma decisão judicial fez com que 16 veículos da empresa fossem apreendidos por conta da não quitação de dívidas contraídas em 2018 justamente para a compra de coletivos. Com isso, três linhas podem ser totalmente paralisadas.

“Estamos muito preocupados com a degradação do transporte público em Niterói. A cidade, que é referência em mobilidade, atravessa uma crise sem precedentes. As empresas chegaram ao seu limite e precisam urgentemente de apoio do poder público. Precisamos de soluções rápidas para não prejudicar ainda mais os passageiros”, pontuou o presidente do Setrerj, Márcio Coelho Barbosa.

O Sintronac também acredita que a crise financeira na empresa pode fazer com que funcionários sejam demitidos. Atualmente, são 181 colaboradores no quadro da viação.

Rubens acredita que uma das responsáveis pela crise no transporte público em Niterói é a Prefeitura, que não faz repasses de valores referentes à gratuidades dos estudantes e congelou reajustes tarifários nos últimos anos.

“São 15% de defasagem do reajuste tarifário e o não repasse total das gratuidades. Com a retração no número de passageiros, provocada pela pandemia, pela ascensão dos aplicativos e pela consolidação do home office em várias empresas, o faturamento das companhias de ônibus despencou”, acredita.

*colaboraram Jussiara Souza (estagiária sob supervisão de Lucas Nunes) e Raquel Morais

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