As obras iniciadas em meados desse ano no Museu Antonio Parreiras (MAP), no Ingá, estão em pleno vapor. O espaço cultural ficou fechado por anos até todo o trâmite burocrático para o restauro ser resolvido. Foram feitas duas etapas para as intervenções e atualmente a parte interna está sendo reparada e ganhará nova pintura.
Quem passa na frente do museu já consegue identificar algumas mudanças. Uma grande tela de proteção está forrando a fachada do centro cultural. Dentro da unidade trabalhadores aparecem nas grandes janelas lixando as paredes e colocando massa para posterior fase da pintura. Em um dos acessos pela lateral o movimento também é grande com um canteiro de obras e material de construção empilhado em alguns pontos.
A Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj) informou que as obras de restauro e requalificação do MAP foram divididas em duas etapas, das quais uma foi iniciada em 25 de julho de 2022 com prazo previsto de 8 meses de execução, com o objetivo de viabilizar a sua reabertura parcial, a partir da residência na parte baixa do terreno e a construção de anexo e a parte dos jardins históricos em seu entorno.
A segunda etapa, que será feita depois, será com o desenvolvimento dos projetos executivos; além do restauro dos prédios denominados Atelier e Villa Olga e as demais áreas de jardim, na parte alta. O prazo dependerá das aprovações e licitação de obras.
Ainda segundo nota da Funarj, além do restauro da residência do artista está sendo construído um anexo para oferecer maior conforto aos visitantes. A obra tem custo de R$ 2,5 milhões.
HISTÓRIA DO MAP
O MAP foi inaugurado em 1942 como o primeiro museu de arte do Estado do Rio de Janeiro e o primeiro, no Brasil, dedicado à memória de um artista, Antonio Parreiras. Fica sediado na antiga residência da família do pintor, na Rua Tirandentes, no Ingá. Seu acervo foi constituído com a aquisição, pelo governo estadual, de um conjunto significativo de obras do próprio Antonio Parreiras e de outros artistas contemporâneos a ele. A coleção forma um expressivo panorama temático ligado à pintura de paisagem, pintura de gênero, retratística, nus – em especial, femininos – e pintura histórica.