Na mesma noite em que foi convidado para presidir a Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), o deputado federal Marcelo Freixo deu indícios de que pode deixar o PSB.
O convite para a Embratur foi feito pela futura Ministra do Turismo, a deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil). Ela usou as redes sociais para anunciar o convite à Freixo ressaltando que o deputado poderá contribuir para reconstruir o turismo brasileiro. “Reforçando nossa imagem junto aos mercados internacionais e, assim, atrair mais turistas para o Brasil”, escreveu.
Freixo também usou as redes sociais para agradecer o convite e falar da nova missão. “Vamos trabalhar juntos para reconstruir a Embratur e transformar o turismo num instrumento de desenvolvimento sustentável e geração de emprego. O Brasil voltará a ter protagonismo no setor”, afirmou.
Com a possibilidade de deixar o PSB, Freixo pode ter já um destino certo que é o PT. Também pelas redes sociais, o presidente estadual da sigla, João Maurício, fez um convite em nome do PT-RJ para que Marcelo Freixo se filie ao PT.
“Acabo de saber pela imprensa da desfiliação do Deputado Federal Marcelo Freixo do PSB. Em nome do PT-RJ faço um convite para que o companheiro ingresse nas fileiras do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras”, escreveu João Maurício marcando na postagem a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffman, e o deputado federal eleito, Washington Quaquá.
A saída de Freixo do PSB era dada com certa nos bastidores da política após a derrota na disputa pelo Governo do Estado. Freixo não conseguiu mobilizar a militância do partido em prol das candidaturas acordadas com o presidente Lula, como o apoio da sigla à André Ceciliano então candidato ao Senado.
A rusga se deu com presidente do PSB no Rio de Janeiro e candidato derrotado ao Senado, Alessandro Molon, que insistiu em sua candidatura. De acordo com fontes ligadas ao partido, outros candidatos do PSB, além de Freixo, enfrentaram problemas com os repasses do Fundo Eleitoral para custeio das campanhas. A situação ficou insustentável e causou, em alguns momentos da campanha, até constrangimentos públicos.
Desde 2007, essa é a primeira vez que Marcelo Freixo ficará sem um mandato eletivo. Molon, que segue na presidência do PSB, também está deixando a Câmara dos Deputados e está sem mandato.