Até o próximo domingo, dia 22 de janeiro, o Morro do Palácio, em Niterói, recebe a segunda edição da Residência Artística Cuíca, que incentiva e valoriza a técnica de arte urbana do lambe-lambe. Ao todo, seis artistas das Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste devem criar trabalhos baseados na vivência com a comunidade local.
“Essa vivência e contato com os moradores faz com que os artistas tenham um campo vasto para suas criações artísticas. Conhecer histórias que compõem e enriquecem o bairro e exercitar a troca é construir um pouco de quem você é neste espaço e levar consigo uma cartografia afetiva desse lugar”, contou Alberto Pereira, idealizador da Lambes Brasil e produtor da Cuíca, que promovem o evento.
Gê Viana, do Maranhão; Beatriz Paiva, do Pará; Álex Igbo, da Bahia, Pietra Canle, do Rio de Janeiro; Rodrigo Zaim, de São Paulo e Diogo Rustoff, de Goiás; são os artistas que compõem a mostra. Além disso, a residência oferece aos artistas acompanhamento crítico e técnico, que devem acontecer no alto do Morro do Palácio, nas salas do Centro Cultural Maquinho. Aliás, se um dos cartões postais de Niterói é o Museu de Arte Contemporânea (MAC), projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, pode-se dizer que seu “quase irmão”, o Maquinho, é o único prédio do mesmo arquiteto que está dentro de uma favela.
Com uma das vistas mais bonitas e privilegiadas da Baía de Guanabara, frequentadores do Maquinho, principalmente crianças em atividades de férias e artistas convidados pela Cuíca, devem interagir para a criação de obras em lambe-lambe, que além de ocuparem muros do Palácio, devem descer e ocupar parte do vão do MAC com uma colagem em grande escala.