As roupas usadas pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e as lutas a favor da pluralidade em eventos oficiais do governo, têm tido um reflexo positivo no mercado da moda. De acordo com comerciantes, a procura por tecidos vindos de diferentes países da África, estampas e cores, cresceram mais de 70% nos últimos anos em Niterói.
Visando a luta pela representatividade, a ministra Anielle Franco usou roupas marcantes na posse do presidente Lula e em sua própria posse no Ministério da Igualdade Racial. Com estampas africanas coloridas, feitas sob medida para ela pela estilista Fernanda Carvalho, da loja Ayadjè, no Mercadão de Madureira, na Zona Norte do Rio.
De acordo com a comerciante e dona da loja “Shallon modas” em Niterói, Luciene Soares Sousa, a roupa que as pessoas usam tem muito a ver com a autoestima e a visão de mundo de cada um. “Nessa questão da estampa africana, as pessoas precisam ter conhecimento sobre a cultura e precisa ter uma identificação” e, completou, “se uma pessoa em uma posição grande usa roupas estampadas, isso cria uma identificação e as procuras aqui na loja aumentam”.
Para jovens negros, a representatividade de Anielle Franco tem o poder de expandir suas visões sobre si e transformar a vergonha de suas origens em orgulho, dando coragem para se expressarem da maneira que quiserem através das suas roupas.
*estagiária sob supervisão de Raquel Morais