Nesta quarta-feira (25/01), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, decidiu afastar por 30 dias a professora Monique Medeiros, acusada de participar da morte do filho de quatro anos, Henry Borel, em 2021, da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. O objetivo dessa iniciativa seria o de evitar que ela tenha influência no resultado de um processo administrativo em andamento desde 2021.
O artigo do Estatuto do Servidor, no qual Paes se baseia, permite que a suspensão se estenda até 90 dias. Mas, mesmo com a suspensão, Monique ainda tem direito a receber salário e contar tempo de serviço para aposentadoria.
No último domingo (22/01), saiu a informação de que Monique Medeiros ia voltar a atuar na função administrativa no almoxarifado da secretaria mas, a volta dela à pasta causou revolta entre servidores que atuam no órgão. O Secretário de Educação do Rio, Renan Ferreirinha, se pronunciou em uma rede social dizendo que o retorno da professora não partiu dele e que se pudesse a demitiria, mas alegou que “a Justiça do Brasil é falha”.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou, após orientação jurídica, que Monique ainda não foi condenada pelo crime e por isso tinha retornado ao trabalho. “Não há como a servidora concursada ser afastada e ter sua remuneração suspensa, razão pela qual ela retornou ao trabalho, em função administrativa no almoxarifado da Secretaria”.
Por fim, Ferreirinha reforçou que Monique ficará longe de salas de aula e escolas do município.
*Estagiário sob a supervisão de Raquel Morais