Dados do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) de Niterói mostram que a expectativa para as vendas de artigos para carnaval na cidade é de aumento de cerca de 3,5%. O índice acompanha as projeções do Sindilojas Rio e CDL Rio. Os comerciantes de Niterói estão otimistas em relação às vendas.
Na loja Lumir Langerie, localizada na Rua da Conceição em Niterói, a procura por trajes para o carnaval começou há poucos dias. De acordo com a gerente Selma Maria da Silva, a crise econômica e o atraso no pagamento do décimo terceiro salário dos servidores estaduais explicam o desânimo dos foliões com o figurino. A expectativa é que as vendas aumentem a partir das próximas semanas.
“Esse ano, fantasia está sendo bem procurado mas o movimento não está acelerado ainda não. As roupas mais procuradas no setor infantil é a do Mario e de super-heróis, e para adultos está sendo mais as saias brilhosas, a do palhaço e a da bola preta, para combinar com o bloco que desfila no Rio. Creio que a gente ainda vai vender muito esse ano”, disse a gerente Selma Maria da Silva.
Segundo Charbel Tauil, presidente do Sindilojas Niterói, além do comércio de bebidas e do setor de bares e restaurantes, lojas que oferecem adereços, fantasias, chapéus, camisetas, bermudas, shorts, sungas, biquínis e sandálias deverão ser as mais impactadas pelo carnaval. “Temos os blocos como grandes incentivadores do turismo no carnaval. A cidade recebe um grande número de visitantes, principalmente famílias do interior do estado, que enchem os hotéis e nossas praias, de grande beleza”, pontuou.
Como disse a gerente Selma Maria da Silva, entre as fantasias adultas, o que mais sai nesta época do ano são tecidos com brilho, como lamê e cetim. Esses tecidos são mais caros e servem para fazer “fantasias mais chiques, de maior luxo”.
Tauil ainda frisou quer o cenário é melhor do que o do ano passado em relação ao maior controle da covid-19. O volume de vendas e o faturamento do varejo devem crescer, apesar da inflação e das taxas de juros ainda elevadas. “Embora o comércio ainda esteja se recuperando da pandemia e as vendas ainda não tenham atingido um patamar de normalidade, o carnaval é o grande incentivador que os lojistas precisam para alavancar o ano de 2023”, finalizou.
*Estagiário sob a supervisão de Raquel Morais