Após 30 anos do maior movimento ambiental da história do Rio de Janeiro, a baía de Guanabara não avançou em quesito despoluição; muito pelo contrário. Dejetos sólidos, esgoto, óleo diesel… tudo ainda é descontrolado na Baía.
Ao todo, 7 municípios cercam a Baía de Guanabara, e diversas moradores deles dependem da Baía para sobreviver. Pescaria, turismo, reciclagem, vendedores e comerciantes necessitam da qualidade da Baía para conseguirem tirar seu sustento.
Com a poluição, praias se tornam impróprias para banho e afetam comerciantes, turismo e vendedores ambulantes. Com a poluição no mar, a pescaria se torna mais escassa; mortandade de peixes fica maior e afeta diretamente a quem sobrevive da pescaria. Entre todos, os únicos que se beneficiam são os catadores, que reciclam materiais que a maré devolve as orlas.
Segundo pescadores, peixes comuns que vinham anualmente para a Baía de Guanabara começam a desaparecer. Camarões que anualmente entram na baía para reprodução, começam a ficar escassos por conta da poluição em demasiado. Além disso, pescadores ainda disputam com barcos criminosos, que cometem a pratica do arrastão.
Em 2021, o Governo do Estado do Rio de Janeiro lançou o Rio+30, tendo foco na recuperação ambiental da Baía de Guanabara, por meio do projeto “Baía Reinventada”. A meta mais ousada é tornar a Baía de Guanabara novamente balneável no prazo de 10 anos. Ou seja, despoluída, recuperada ambientalmente e própria para uso dos moradores de seu entorno e de suas ilhas.
Segundo o Ambientalista, Sérgio Ricardo, na Ilha do Governador, na Praia do Galeão, uma grande quantidade de peixes mortos foram registrados pelos pescadores da região, e até então, não se sabe o motivo correto do problema.
“Ainda não se sabe a fonte dessa poluição. O que importa é que é mais uma mortandade de peixes e a Baía de Guanabara recebe 18 mil litros de esgoto por segundo que não é tratado, recebe 90 toneladas de lixos plásticos por dia e além de outros poluentes como óleo, substâncias químicas que saem do setor das Petroleiras”, comentou o ambientalista.
*Estagiário sob supervisão de Lucas Nunes*