Forte, Guerreira, persistência e muito amor; a Unidos da Viradouro saiu da Série Ouro em 2018 após longas lutas tentando o acesso para o Grupo Especial. Depois disso, a Viradouro mostrou o motivo do porquê nunca deveria ter saído da elite.
No ano de 2019, a Escola realizou um feito histórico; ficou em segundo lugar conquistou o vice-campeonato pela primeira vez em sua história, além de obter o melhor resultado de uma escola vinda do Grupo de Acesso, superando o feito que antes pertencia ao quinto lugar da Unidos da Tijuca em 2000.
Para o carnaval daquele ano, a escola levou para a avenida o enredo “Viraviradouro!“ que mostrou a fênix, figura da mitologia grega que tem o poder de se regenerar das cinzas. A Viradouro de fato se regenerou!
Em 2020, muitos acharam que a escola se abateria pela saída do carnavalesco Paulo Barros, que foi para a Gaviões da Fiel (escola paulistana) mas foi ai que ela mostrou a força da escola Niteroiense; ganhou aquele ano com o enredo “Viradouro de Alma Lavada”.
Quebrando mais um recorde, a Viradouro foi a segunda escola a desfilar na primeira noite foi campeã, feito histórico no sambódromo. A Viradouro recebeu inúmeros troféus, como o Troféu SRzd de melhor escola do ano e também foi premiada com o Estandarte de Ouro de melhor enredo e de melhor comissão de frente.
Em 2021 não houve desfile. Por tempo indeterminado, o carnaval foi interrompido por conta da Pandemia; uma histórica festa e celebração, tradicional no Rio de Janeiro.
Em 2022, mesmo com as dificuldades impostas pela Pandemia de Covid-19, a Viradouro garantiu mais uma vez o destaque sendo uma das 3 melhores, garantindo sua presença no desfile das Campeãs, ficando em 3° lugar.
O enredo histórico foi uma referencia ao jornalista Ruy Castro, inspirado no livro “O Carnaval da Guerra e da Gripe”. O enredo “Não Há Tristeza que Possa Suportar Tanta Alegria”, narrou a história do carnaval carioca de 1919, conhecido como o maior do século passado, destacando o sentimento dos cariocas que foram às ruas naquele ano para celebrar o fim da pandemia da gripe espanhola. Mais uma vez levando um troféu para casa, desta vez a escola recebeu o Estandarte de Ouro de inovação pelo seu samba-enredo com letra em forma de carta.
Em 2023, a Viradouro continuou entre as principais do Carnaval. Com o Carnavalesco Tarcísio Zanon, a escola continuou mostrando sua força e disputando o título, perdendo por 1 décimo somente para a Imperatriz Leopoldinense.
O enredo escolhido foi “Rosa Maria Egipcíaca”, primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil. Ela foi vendida como escrava para uma compradora da região de Mariana (MG), onde permaneceu por cerca de 15 anos. Rosa era a única escravizada entre os 77 homens no local.
Durante esse tempo, precisou se prostituir para conseguir dinheiro. Quando adulta, abandonou a prostituição para se tornar beata. Após disso ela ficou muito doente, por conta de uma doença nunca identificada, e passou a sentir um peso no estômago, ter inchaços pelo corpo e sofrer desmaios. Foi nesses momentos em que ela dizia ter visões do menino Jesus enquanto estava desacordada.
A Viradouro continua na elite do Carnaval Carioca; cada vez mais forte, guerreira, persistente e faminta por título. A Viradouro virou, e promete a cada ano continuar seu espetáculo.
*Estagiário sob supervisão de Lucas Nunes*