O espetáculo “Quilombo” coloca em cena a resistência de cada jovem preto periférico através da dança e da arte contemporânea. Dirigido pelo coreógrafo Vinícius Rodrigues, a performance resgata a ancestralidade, mas também traz a cultura da periferia atual. As últimas apresentações desta temporada de estreia vão ser realizadas no Teatro UFF em Niterói, com três apresentações em março: sexta (3), e sábado (4), às 20h, e domingo (5), às 19h, com ingressos a partir de R$ 3,00.
Durante o período colonial, os quilombos eram aldeias organizadas politicamente que refugiavam os escravos fugitivos, tornando-se um local de resistência e combate à escravidão. O tempo passou, mas como ressalta Vinícius “O quilombo não morreu, ele ainda existe em cada favela do Brasil”. E é neste quilombo sobre o palco que o elenco procura a força para lutar por igualdade e sobrevivência.
Bailarino e ator, Vinícius Rodrigues, o diretor do espetáculo, conheceu a dança quando tinha dez anos de idade, misturando passinho e danças urbanas. “Aos vinte e um anos eu comecei a dança afro e foi a partir daí que eu comecei a pesquisar sobre ancestralidade e a entender mais profundamente as minhas raízes. Fiquei muito encantado e fui em busca de outras referências afro, o que me tornou uma pessoa preta mais consciente no mundo em que vivemos”, ele conta, o que o impulsionou a tornar todas essas questões tão pertinentes em sua vida em arte.
Os ingressos custam R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia-entrada) e o Teatro da UFF em Niterói fica na Rua Miguel de Frias, 9 em Icaraí.