As obras de implantação do corredor viário de São Gonçalo, o MUVI (Mobilidade Urbana Verde Integrada) começarão neste mês no município. O corredor que ligará Guaxindiba até Neves terá uma ciclovia, árvores e uma faixa exclusiva para ônibus.
O corredor terá um trecho de 13,58 quilômetros no município, com 31 estações ao longo do trajeto, o MUVI beneficiará cerca de 120 mil pessoas por dia. O plano está com o valor estipulado de R$262.184.615,51.
Com a confirmação, São Gonçalo adia mais uma vez o plano da Linha 3 do Metrô no município. Mesmo com promessas de campanha em 2022, Cláudio Castro não apresentou o projeto para o Presidente Lula (PT).
O Vereador de São Gonçalo, Romário Regis (PDT) disse que o corredor é importante, porém não pode ser uma obra que leva a lugar nenhum e que a Prefeitura não incentiva o uso de bicicleta na cidade.
“É importante ter um plano para esse projeto. Para mim, não será nada de infraestrutura pois não visa o futuro. Não adianta criar um corredor extenso que chegando à Niterói trará o mesmo problema no trânsito concentrando tudo em um só local. Daqui à 10 anos, teremos novamente o problema de mobilidade urbana pois nada é resolvido agora”, disse o vereador.
Ele completou falando sobre a importância da Linha 3 do Metrô e sobre a falta de planos para São Gonçalo por parte do Governo do Estado.
“Cláudio Castro não apresentou o projeto para o Governo Federal. É incrível, pois ele cita uma nova linha de metrô para Nova Iguaçu mas não há planos para São Gonçalo. Nossa população necessita de um novo meio de transporte que suporte agora e no futuro a demanda desse e de outros municípios”, completou o Vereador Romário Regis.
Linha 3 do Metrô
Projetado em 1968 e sem nunca ter saído do papel, Cláudio Castro disse que o projeto já está pronto, porém, falta verba. A construção da Linha 3 do Metrô já teve seu custo estimado em R$ 1,2 bilhão pelo Governo federal, em 2011. Dois anos depois, o valor passou para R$ 2,57 bilhões em estimativa do Governo estadual.
Por mais que esse sonho pareça distante, São Gonçalo, Niterói e Itaboraí já tiveram sua “linha 3”. Na época, trilhos cruzavam a cidade e desafogava o trânsito com as linhas de trem.
Porém, infelizmente as estações ferroviárias foram “destruídas” por falta de investimento dos Governos Municipais, Estaduais e Federais. Os trens ficaram sucateados e suas estações destruídas devido a má conservação, com isso, as linhas chegaram ao fim. Hoje só há sinais de que por ali já tiveram outros meios de transporte.
Em 2016, algumas casas foram demolidas no Jardim Catarina, livrando o traçado dessas eventuais construções. Isso foi feito na esperança de se implantar a linha 3 do metrô Rio. Entretanto, nada foi realizado. Em 2017, as residências voltaram a ser ocupadas e reconstruídas.
Agora, o lugar que seria o caminho da linha 3, será o espaço para um “caminho rodoviário com ciclovia”. Os trilhos serão apagados definitivamente para por cima passarem ônibus, não mais veículos sob trilhos.
*Estagiário sob supervisão de Lucas Nunes*