A Polícia responsável por investigações, prisões, perícias, buscas e apreensões e todo um demais, está precisando de atenção no Estado do Rio. Trabalhando com 33% do seu efetivo, viaturas sucateadas, delegacias em péssimas condições, maquinários velhos dentre diversos outros problemas, a Polícia Civil Fluminense não sabe quando haverá socorro.
Com a falta de suporte correta do Estado do Rio, investigações, prisões, prevenções e ações da Polícia diminuem bruscamente, fazendo com que tudo demore, inclusive atendimento e funcionamento correto de delegacias.
O déficit de vagas é de quase 60% do previsto, o que faz com que um policial tenha que praticamente trabalhar por dois. Atualmente, 7.955 policiais, peritos técnicos e agentes trabalham no Rio, porém, o número correto deveria ser de 26 mil servidores no Estado.
Por conta do excesso de trabalho e estresse, o rombo fica ainda maior contando o número de servidores afastados devido a problemas psicológicos. Em 2022, o número de afastados por problemas de saúde passava de 600.
Os aprovados no Concurso da Polícia Civil de 2021 ainda não foram chamados e não sabem quando serão. Segundo um aprovado, que preferiu não se identificar, agentes aprovados se reuniram junto do Secretário de Polícia Civil, o Dr. Fernando Albuquerque.
Segundo o agente, foi repassado que não há um estudo para o aumento de vagas e nem interesse. A ACADEPOL (Curso de Formação) também não aumentará, independentemente de capacidade física e/ou pedagógica.
Já nas delegacias é possível ver a precariedade do lugar. Pilhas de documentos são amontoados por faltar armários, cadeiras para atendimento, registros de ocorrências e espera estão destruídas. Faixadas das delegacias de diversos municípios estão caindo aos pedaços e na frente dela, carros apreendidos são amontoados e acabam sendo destruídos devido ao tempo.
Devido ao não investimento, a população que necessita de socorro em homicídios, assaltados, ameaça e crimes de internet, ficam cada vez mais sem respostas. O Governador Cláudio Castro, prometeu novos batalhões da PM no Estado do Rio, porém, a PCERJ não foi citada.
Nós entramos em contato com a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, porém, até o momento, não tivemos respostas.
*Estagiário sob supervisão de Lucas Nunes*