Na ‘Década do Oceano’ e próximo ao Dia Mundial da Água, em 22 de março, o Movimento Baía Viva organiza uma Conferência Participativa sobre o Plano Integrado de Restauração da Saúde Ambiental da Baía de Guanabara (PRAI-BG, 2023-2030), que será organizada no Paquetá Iate Club.
A barqueata contará com uma Escuna que levará cerca de 120 pessoas para um passeio do Quadrado da Urca em direção a Ilha de Paquetá e à Ilha de Brocoió. O passeio contará com diversos pesquisadores, gestores públicos, jornalistas, empresas e movimentos socioambientais; além de pescadores artesanais e comunidades pesqueiras.
O projeto inicia um longo caminho de recuperação da Baía de Guanabara. A culminância da Conferência Participativa do PRAI-BG se dará no dia 5 de junho, no Dia Mundial do Meio Ambiente, apresentando as principais propostas e soluções sustentáveis.
Diversas instituições como Fundo Casa Fluminense, órgãos públicos como Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, IBAMA, ICMBio, Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro (SEAS), Instituto Estadual do Ambiente (INEA-RJ), Prefeituras que estão em torno da Baía de Guanabara, Capitania dos Portos (Marinha do Brasil), Fundação Instituto Pesca do ERJ (FIPERJ), INEPAC e diversos outros.
O Sérgio Ricardo, Ambientalista e Cofundador do Movimento Baía Viva disse que a proposta é apresentar um plano para restaurar a Baía de Guanabara.
“A Baía de Guanabara foi reconhecida como patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO em 2012, mas o modelo de desenvolvimento vigente está sacrificando a Baía, empobrecendo os pescadores e ameaçando a vida marinha; tartaruga verde, cavalos marinho, boto cinza que é o símbolo do Rio de Janeiro e várias espécies de pescado que tem valor nutritivo e comercial. Esse plano apontará metas de desempenho que estaremos solicitando aos órgãos públicos e empresas que assinem o cumprimento dessas metas bianuais e faça a cada dois anos uma conferencia para monitorar o avanço dos compromissos assumidos, com objetivo de restaurar a saúde da Baía de Guanabara”, disse o ambientalista.
O plano é inovador pois também aponta indicadores econômicos, ambientais e de saúde pública. Municípios que abraçam a Baía de Guanabara tem moradores que dependem 100% dela para sobrevivência, e por conta das condições, diversos moradores ficam em situação de pobreza e extrema pobreza, devido a falta de vida marinha, que diminui devido a corrupção.
*Estagiário sob supervisão de Lucas Nunes*