A possível manifestação por parte de ex-funcionários do Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL) – prevista para acontecer na manhã desta quarta (22) – foi um dos temas discutidos na sessão da Câmara de Vereadores de Niterói na tarde desta terça-feira (21).
O vereador Fabiano Gonçalves (Cidadania) foi um dos que destacaram a paralisação na Alameda São Boaventura, prevista para ocorrer nesta quarta-feira (22). Ele comentou sobre o direito de os trabalhadores protestarem, mas lembra que com a paralisação, o trânsito ficará caótico.
“Infelizmente eles foram demitidos, a ISG não pagou aos funcionários que prestam serviços. Eu já venho meditando o dia de amanhã que será um caos, porque eles já falaram e anunciaram a paralisação”, disse.
Fabiano ressaltou ainda que a Prefeitura de Niterói deve ficar atenta a questão do trânsito. “Eu gostaria de deixar isso registrado e pedir ao Doutor Gilson Souza, que coloque os agentes amanhã de manhã pra fiscalizar o trânsito lá na Alameda. Os ex-funcionários do HEAL não foram pagos e estão no direito deles de protestar”, ressaltou.
Além de Fabiano, os vereadores Carlos Eduardo Fortes Foly (Cidadania) e Paulo Eduardo Gomes (PSOL) também comentaram sobre a manifestação. Paulo Eduardo chegou a afirmar que estaria apoiando a decisão dos funcionários Azevedo Lima no local.
Nas redes sociais, funcionários da unidade hospitalar vem relatando que estão desde o mês de fevereiro sem receber. Eles relatam ainda que foram demitidos pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG) e que ninguém recebera o pagamento da rescisão contratual.
Na reportagem publicada pelo ErreJota Notícias, a Secretaria de Saúde do Estado afirmou que a transição foi planejada, contando com uma equipe da SES-RJ e da Fundação Saúde para acompanhar a transição na unidade nas últimas três semanas da gestão da OS, que teve o contrato encerrado no dia 26/02/2023 por força da Lei Estadual 8.986/2020.
A secretaria afirma ainda que todos os repasses foram pagos em dia, incluindo a verba para as rescisões. Os contratos de trabalho foram refeitos pela Fundação Saúde, aplicando o salário – dentro do piso salarial – e a carga horária adotada em todas as unidades sob gestão da Fundação. Houve ainda a absorção do RH no novo contrato de gestão e ampliação do número de profissionais de saúde atuando na unidade.
*Estágiario sob a supervisão de Raquel Morais