A 1ª Promotoria de Justiça do III Tribunal do Júri da Capital obteve uma decisão que resultará no julgamento de Cíntia Mariano Dias Cabral, a madrasta que foi presa sob suspeita de envenenar e assassinar sua enteada, Fernanda Cabral, de 22 anos, e também pela tentativa de homicídio contra seu enteado, Bruno Cabral, de 16 anos, em um júri popular.
Durante a audiência de instrução realizada na segunda-feira, 15 de maio, o Juiz do III Tribunal do Júri da Capital acatou todos os pedidos do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), incluindo a manutenção da prisão da acusada.
Cíntia permaneceu em silêncio durante a audiência, e duas testemunhas convocadas pela defesa da acusada também deveriam prestar depoimento. No entanto, apenas uma delas compareceu.
Segundo informações fornecidas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), no dia 15 de março de 2022, Cíntia teria envenenado a comida que foi servida a Fernanda Carvalho Cabral. A vítima ficou internada por 13 dias antes de falecer. Em maio do mesmo ano, Cíntia novamente teria envenenado a comida servida a Bruno, enteado de Fernanda, que conseguiu sobreviver ao crime.
De acordo com o MP fluminense, existem evidências contundentes nos registros do caso, que comprovam a ocorrência dos delitos contra as vítimas Fernanda e Bruno. “Após os acontecimentos, ambas apresentaram sintomas característicos de envenenamento exógeno por carbamato (conhecido como ‘chumbinho’), conforme relatado no relatório policial. Além disso, os laudos técnicos revelaram que a morte da primeira vítima e as lesões sofridas pelo segundo foram resultado de uma ação química causada pelo envenenamento por carbamatos (conforme descrito na acusação), e que os crimes foram cometidos por um motivo banal.”
*Estagiário sob supervisão de Lucas Nunes
