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Junho teve inflação negativa, mas, consumidores ainda sentem pouco no bolso

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A inflação de junho ficou negativa (houve deflação) pela primeira vez desde 2017, ficando em – 0,08%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta terça-feira, 11. A queda histórica foi provocada pelo recuo nos preços, em comparação com o mês de maio. Muitos consumidores foram às compras, animados com a notícia. Porém, ao chegarem ao supermercado, não notaram grande diferença.

“Não senti muito a diferença na carne. Já o leite e seus derivados caíram um pouco”, disse Francisco Viana, de 45 anos, que esperava uma queda maior nos preços.

Já Valéria Silva, 40, achou a carne mais barata.

“O preço da carne eu achei que caiu um pouco, mais do que os outros produtos”, disse ela, saindo de um mercado no Centro de Niterói com duas sacolas cheias.

Valéria achou a carne mais barata/ Foto: Matheus Paulino

A reportagem constatou na tarde desta terça-feira, em um mercado do centro, que muitas pessoas saiam com apenas uma bolsa ou mesmo de mãos vazias. Poucos saíam com pelo menos duas bolsas. Foi a primeira vez no ano que a inflação fica abaixo de zero. A última vez que teve queda foi em setembro de 2022. Em junho de 2017, houve deflação de -0,23%.

O resultado de junho representa o quarto mês seguido de queda da inflação. Em maio, o IPCA foi de 0,23%. No ano, o índice soma 2,87% e, nos últimos 12 meses, 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Comparado a maio, os grupos que mais ajudaram a puxar a inflação para baixo foram alimentos e bebidas (-0,66%) e transportes (-0,41%), que contribuíram com -0,14 e 0,08 ponto percentual no índice geral, respectivamente.

De acordo com o IBGE, alimentos, bebidas e transportes integram o grupo com 42% da cesta de consumo das famílias. Contribuíram para isso as quedas do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). Já o custo da alimentação fora de casa subiu, porém, com menos força (0,46%) em relação ao mês anterior (0,58%).

Em transportes, o recuo de preços foi motivado por queda nos preços dos automóveis novos (-2,76%) e dos usados (-0,93%). Esse comportamento tem a ver com a medida do governo federal para baixar o preço dos carros novos.

No comportamento dos preços durante maio, destaque também para o resultado de combustíveis (-1,85%), com as quedas do óleo diesel (-6,68%), do etanol (-5,11%), do gás veicular (-2,77%) e da gasolina (-1,14%). “A gasolina é o subitem de maior peso individual no IPCA, com 4,84%. A queda na gasolina teve um impacto de -0,06 p.p.”, destaca Almeida.

Pelo lado da pressão de preços para cima, a maior contribuição foi do grupo Habitação (aumento de 0,69% e impacto de 0,10 p.p.). A maior contribuição veio da energia elétrica residencial (1,43%), por causa de reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: Belo Horizonte, Recife, Curitiba e Porto Alegre. A taxa de água e esgoto (1,69%) também foi impactada por reajustes aplicados em Belém, Curitiba, São Paulo e Aracaju. O cálculo do IPCA abrange as famílias com rendimentos de um a 40 salários mínimos.

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