Um professor de Geografia da Escola Municipal Rachide da Glória Salim Saker, no bairro de Santa Bárbara, na zona norte de Niterói, está sendo acusado por alunas de assédio sexual em sala de aula. A mãe de uma aluna fez boletim de ocorrência na última terça-feira, 29, na 78ª DP (Fonseca) e agora, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) apura o caso. O professor foi afastado do colégio.
De acordo com o boletim de ocorrência feito pela mãe da aluna, esta chegou em casa no último dia 22 de agosto, desesperada porque a amiga estava chorando dentro da aula porque um professor da escola passou a mão nela. “Eu fui olhar o grupo de Whatsapp das amigas da minha filha e lá as meninas estavam contando relatos de vários assédios desse professor com as meninas da escola. Um desses relatos foi que o professor tentou beijar a aluna, com outra aluna o mesmo passou a mão nos seios e com outra aluna, acariciou os cabelos e passou a mão nas coxas, entre outros”, diz um trecho da denúncia.
Ainda segundo o relato, os alunos queriam pedir ajuda para a diretora e a mesma falou que os alunos não falassem nada do assunto fora da escola, porque era muito sério. A autora da denúncia entrou em contato com a direção do estabelecimento e no dia seguinte, cerca de dez pais tiveram uma reunião com a diretora, que aconselhou que esperassem até esta quarta-feira, 29 para nova reunião, porque um dia antes ela se reuniiria com o conselho e iria falar sobre o ocorrido.
No mesmo dia, a escola ligou para os pais dos alunos e informou o afastamento do professor acusado de assédio. Ano passado, o profissional teve a mesma acusação feita por outra aluna, na qual retiraram a queixa na delegacia.
Procuradas, a Secretaria Municipal de Educação (SME) e a Fundação Municipal de Educação (FME) informam que foram notificadas nesta quarta-feira, 30, sobre o caso e estão tomando as medidas pedagógicas necessárias. A escola está acionando o Conselho Tutelar. O professor foi afastado até que as investigações sejam concluídas. A SME e a FME seguirão acompanhando o caso, prestando assistência à escola e à estudante e seus familiares. A SME e a FME lamentam e repudiam profundamente qualquer ato de violência, e prezam sempre por um ambiente escolar de respeito, inclusivo e acolhedor.
Também procurada, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Niterói investiga o caso. O fato foi comunicado pela mãe de uma das vítimas, cujo depoimento especial foi colhido. Todas as demais vítimas e testemunhas serão ouvidas. A investigação está sob sigilo.
