Após as fortes chuvas que assolaram a cidade de Niterói desde a última quinta-feira (05/10), mais de 50 árvores caíram em diversas regiões. O tombamento, de algumas até centenárias, chama atenção para a saúde das árvores e o trabalho de reflorestamento que deve-se levar em conta pelo plantio.
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Nas redes sociais muitos internautas comentam sobre a queda dessas árvores e a Prefeitura de Niterói chegou a responder uma pessoa, garantindo que está sendo feito a ‘destoca (retirada) dos troncos e lixo verde. Ressaltamos que com as últimas chuvas, tivemos as quedas de mais de 50 árvores além de galhos e arbustos. Em seguida faremos o replantio de espécies adequadas a arborização urbana’.
Jorge Carvalho, especialista em plantas e diretor do Sítio Carvalho Plantas , explicou que quando se planta uma árvore deve ser levado em conta fatores, como por exemplo, a sombra, se produz frutos escorregadios, se têm folhas que causam entupimento nas bocas de lobo e uma série de situações.
“Isso não é tão difícil e a secretaria tem pessoal técnico para fazer isso. Existe um passivo de muitas administrações anteriores que plantaram equivocadamente árvores grandes em calçadas estreitas. É como se a árvore estivesse num vaso: a copa cresce, vem uma tempestade por estar fraca, sem saúde e mal enraizada ela acaba quebrando. Na maioria das vezes ela tomba pois não há sustentação das raízes que estão ‘encaixotadas’ nestes espaços pequenos”, frisou.
Jorge Carvalho. Foto Divulgação
O ambientalista Alex Figueiredo destacou o vento forte e atípico foi o principal motivo das várias quedas de árvores na cidade. “Tinham espécies que não eram condizentes, como figueiras, por exemplo, que são gradativamente substituídas e que geraram o passivo que testemunhamos, como no bairro do Ingá, mas também árvores saudáveis e bem podadas caíram, como na praça de São Domingos. Caíram várias primeiro por um passivo de arborização urbana mal feita há décadas atrás, por desconhecimento muitas vezes. Mas o problema real foi o vento, pois a tempestade adquiriu força antes de atingir a cidade”, detalhou.
Alex ainda frisou que a tempestade era uma no Rio de Janeiro e quando passou pela Baía de Guanabara adquiriu outra configuração. “Foi muito violenta e pegou a cidade em cheio. A questão climática e as mudanças que testemunhamos nos últimos anos assume importância grande nesse ponto, pois são muito palpáveis”, completou.
Jorge Carvalho ainda completou que a secretaria de Parques e Jardins tem sido eficaz e inteligente ao cortar, retirar algumas espécies e replantar árvores adequadas para os espaços. “Como especialista no assunto, posso dizer que está sendo feito um bom trabalho e que é uma ação de médio e longo prazo, pois a cidade ainda tem muitas árvores a serem olhadas com esse cuidado de estarem no lugar correto, com o manejo correto para que estejam saudáveis”, finalizou.