Durante a 28ª edição da Conferência das Partes (COP-28), promovida pela ONU em Dubai, a plataforma Mumbuca Verde, da Prefeitura de Maricá, foi apresentada por representantes do município e do Sebrae como exemplo para outros municípios e empresas, em um espaço que conecta investidores de todo o mundo.
O Sebrae e a Prefeitura de Maricá dialogaram sobre possíveis ações para levar adiante o mercado de investimentos na conservação da natureza. A Plataforma Mumbuca Verde foi apontada como referência para esse mercado. Segundo André Luiz Schelini, diretor técnico do Sebrae em Mato Grosso, a plataforma “é um exemplo desses projetos com os quais estamos dialogando e queremos levar para outros municípios”.
Segundo a prefeitura, a Mumbuca Verde permite investir na conservação da natureza e receber contrapartidas em troca. A plataforma está sendo apresentada na COP-28 pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), responsável por sua criação, em parceria com a Govtech Tesouro Verde, pertencente à greentech BMV Global.
Com a Mumbuca Verde, os recursos investidos na compra de títulos ambientais vão para projetos de conservação de nascentes d’água, florestas, matas nativas e outros. Tudo é auditado, registrado na Bolsa brasileira e protegido pela tecnologia blockchain, que evita fraudes nas operações.
Simples e eficiente
“É um modelo muito simples do ponto de vista da implementação, mas que ao mesmo tempo é uma grande alternativa aos títulos de carbono”, afirmou o presidente da Codemar, Hamilton Lacerda.
Ele ressaltou que a plataforma segue a lógica das prioridades dos países em desenvolvimento, “que precisam entrar nesse mercado de redução do efeito estufa defendendo suas florestas e seus ativos ambientais”. Ou seja, é uma ferramenta global, mas que não serve apenas a interesses de países desenvolvidos, que já destruíram a maior parte de seus recursos florestais.