As fortes chuvas que atingiram São Gonçalo tanto na quinta (11), quanto na sexta (12), vieram acompanhadas de queda de luz, alagamentos e engarrafamentos para trabalhadores e moradores de São Gonçalo. Nos dois dias, a cidade chegou a ficar em estágio de alerta.
Na quinta, a prefeitura chegou a acionar a sirene para os bairros Boa Vista, Laranjal, Porto Novo e Vila Três. Na BR-101, sentido São Gonçalo, o trânsito ficou completamente parado por mais de duas horas. Na sexta, as sirenes que alertavam a população foram acionadas no Gradim, Patronato, Sete Pontes e Engenho Pequeno.
Os bairros de Alcântara e Porto da Pedra sofreram com a dificuldade de trafego de veículos graças a bolsões de água formados na pista. Foram registradas quedas de energia em várias áreas, como em Santa Luzia e Porto Novo, mostrando a falta de investimento da Enel Distribuição Rio, concessionária de energia responsável.
Morador do bairro da Mangueira, em São Gonçalo, e especialista em Segurança Pública, Erivelton Lopes enfatizou que o problema vem sendo postergado há anos e como viveu a vida inteira na cidade vem acompanhando de perto os estragos que nunca cessam.
“Quando chove, os moradores desse local ficam desesperados, nem sair para trabalhar eles conseguem, e quem está nas ruas tem que esperar o nível da água baixar para retornarem para suas casas. Outro ponto com que estamos sofrendo é a falta de luz, durante qualquer chuva mais intensa ficamos sem luz, está faltando investimento pela empresa que administra o fornecimento de energia elétrica, pagamos a conta de luz em dia e cara e ficamos sem o fornecimento em dias de chuva”, disse Erivelton.
O gonçalense e sua família também foram atingidos severamente pela chuva. O grande volume de água invadiu a casa de familiares de Erivelton, moradores do Jardim Catarina. O quintal ficou completamente alagado, e a centímetros de entrar pela porta. Na mesma vizinhança outros moradores relataram até mesmo perda de móveis como fogão, geladeira e cama.
Erivelton também fala sobre as possíveis soluções para a situação. “O que precisamos é de uma solução definitiva, um estudo de escoamento das águas pluviais e a reestruturação dos valões e rios que cortam a cidade. Reivindicações antigas e que ainda não fazem parte da prioridade das autoridades competentes”, cobrou o gonçalense.