A ex-ministra Ideli Salvatti, ex-senadora e ex-deputada federal por Santa Catarian, visitou nesta quarta-feira, 17, a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), onde conheceu projetos sociais desenvolvidos no município, como o Mumbuca Verde e o Lagoa Viva. A expectativa é que possam ser replicados ou inspirem projetos similares em Santa Catarina.
Ideli foi recepcionada pelo presidente da Codemar, Hamilton Lacerda, que apresentou a ela os projetos da companhia. A ex-senadora também conheceu órgãos da Prefeitura de Maricá e políticas sociais como a Tarifa Zero e a moeda social Mumbuca.
“Aqui da Codemar, dois projetos me chamaram mais a atenção. O Mumbuca Verde e o Lagoa Viva. Lá em Santa Catarina temos as nossas lagoas que estão pedindo socorro. Precisamos também fazer essa transição ecológica”, avaliou Ideli Salvatti.
Segundo a ex-ministra, o papel da Codemar é importantíssimo, com foco em descobrir e desenvolver as potencialidades da cidade.
“Fora daqui a gente ouve: ‘Em Maricá é fácil porque tem dinheiro’. Mas quantas outras cidades também não têm dinheiro e mesmo assim não fazem? O que fica claro é que importa muito a empatia, o olhar de quem comanda. Não é só o dinheiro”, finalizou.
Hamilton lembrou a criação da Codemar e que a missão dela é projetar o futuro do município sem os royalties do petróleo.
“A companhia foi criada, entre os governos dos prefeitos Washington Quaquá e Fabiano Horta, para construir o futuro da cidade sem os royalties do petróleo. Então é para usar a riqueza que temos a fim de construir uma cadeia produtiva que gere renda para a cidade pós-petróleo”, afirmou Lacerda.
Entre os projetos da Codemar, apresentados a Ideli estão o Aeroporto de Maricá, o Parque Tecnológico com sua fábrica de aplicativos, o Pomar – Polo de Moda de Maricá, o Inova Agroecologia, o Maricá Games e a Farmacopeia. Ações que vão da agricultura ao desenvolvimento de softwares.
Projetos
Mumbuca Verde é uma plataforma de ativos ambientais que podem ser comercializados para pessoas físicas ou jurídicas que queiram compensar suas emissões de carbono. O lastro é a conservação de áreas de mata de pé em Maricá.
Já o Lagoa Viva é um amplo programa de revitalização do sistema lagunar da cidade, com o uso de bioinsumos (micro-organismos como bactérias que degradam matéria orgânica) para combater a poluição. É um trabalho em paralelo com a expansão da rede de saneamento básico, mas que já se desdobrou em tecnologias de tratamento de esgotos em ETEs com o uso dos micro-organismos.