O Sindicato dos Vigilantes de Niterói e Regiões (SVNIT) esclareceu que o profissional assassinado em uma escola em Icaraí, Zona Sul de Niterói, na manhã dessa sexta-feira (23/02), não atuava conforme prevê as leis e normas que regem a segurança privada no Brasil. Segundo apurado pela direção do sindicato, o funcionário atuava como porteiro diurno do colégio.
O presidente do SVNIT, Cláudio Vigilante, esteve no local onde aconteceu o crime para obter mais informações acerca do caso. Ficou constatado que o colégio não havia contratado nenhuma empresa regulamentada de segurança patrimonial, apenas sistema de monitoramento por câmeras.
“O profissional assassinado era porteiro e, quando chegou ao trabalho pela manhã, se deparou com o homem que invadiu o local com o objetivo de cometer furtos. Ao ouvir um barulho dentro da escola, Sebastião se deparou com o criminoso, sendo atacado por ele com uma faca”, relatou Cláudio.
Cláudio lamentou que a escola não entenda a real necessidade da vigilância patrimonial. “Explicamos à direção da escola que apenas as câmeras não atendem de forma satisfatória. Apenas um vigilante pode cumprir o papel de segurança privada justamente por conta dos cursos e treinamentos pelos quais a categoria passa”, explicou. “Se tivesse um vigilante, o criminoso sequer teria acessado o interior do local”, completou.
“Infelizmente, alguns contratantes não querem contratar vigilantes para fazer segurança, e colocam câmara – o que não ajuda muito pois, se ajudasse, tinha impedido o fato”, acredita o presidente do SVNIT.
Em nota, o Sindicato dos Vigilantes de Niterói e Regiões se solidarizou pela morte de Sebastião Lair Hipólito. “Oferecemos as mais sinceras condolências à familiares e amigos, e esperamos que as autoridades competentes possam identificar e punir, nas formas da lei, o(s) responsável(is) pelo bárbaro crime. O sindicato espera, ainda, que os contratantes passem a atuar conforme rege a legislação para a contratação de segurança privada”, conclui o texto.