Durante inauguração da ala da maternidade do Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca, o governador do Rio, Cláudio Castro, foi questionado sobre o programa Segurança Presente na cidade, após a morte de um porteiro dentro de uma escola particular de Icaraí no mês passado.
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Castro opinou sobre a questão levantada da implementação do Niterói Presente novamente na cidade, gerido pela prefeitura, no lugar do Segurança Presente, que funciona no município com gestão do Governo do Estado.
“Não vivemos de feeling e vivemos de dados. O dado que piorou [segurança] não é verdadeiro e basta olhar os dados do ISP. Pode-se fazer falácia política, mas tem que estar baseado em números. Não existe Niterói Presente, Cabo Frio Presente; existe Segurança Presente. Esse é um programa e uma responsabilidade do Governo do Estado”, disse o governador.
Castro ainda frisou que o mesmo aconteceu em outros locais como a Lapa e o Centro do Rio. “Esses dois eram bancados pela Fecomércio e assim que o Estado recuperou a capacidade, assumiu o programa todo. Quando eu entrei eram oito bases e hoje são 40. O Segurança Presente é um sucesso em tudo quanto é canto”, completou.
“Ninguém tem o direito legal de se apropriar de um programa que é do governo. Se em alguma época que o governo tinha muita dificuldade financeira isso foi feito, nesse momento, onde o governo retoma sua responsabilidade e seja capacidade de integrar política pública isso acaba imediatamente”, contou.
O governador ainda falou como a disputa política pode influenciar isso ou não. “Não podemos pegar um crime pontual [a morte do porteiro] e colocar na culpa que agora não é mais ‘laranjinha’ e é ‘verdinho’. Isso é palhaçada de quem está perto de período eleitoral. Aqui a gente não trabalha com palhaçada, trabalhamos com dados e trabalho sério e metodologia. Esse programa é um sucesso no Rio de Janeiro inteiro”, finalizou.
Niterói Presente
No dia 24/02, a Prefeitura de Niterói divulgou que iria retomar o programa Niterói Presente que, entre os anos de 2017 e 2021, foi integralmente financiado e comandado pela prefeitura. O texto disse que disse que “embora a segurança pública seja atribuição do Governo do Estado, a prefeitura pode contribuir com o convênio do Niterói Presente”.
“Parabenizo o esforço da Guarda Municipal e dos policiais que estão nas ruas, mas é importante reconhecer a deficiência de efetivo do 12°BPM. A segurança pública é de atribuição constitucional do Governo do Estado, mas queremos o retorno do convênio do Niterói Presente. No programa, realizávamos o pagamento dos salários de policiais e coordenávamos a estratégia para garantir o patrulhamento a segurança dos niteroienses”.
Na ocasião, a Prefeitura manifestou pesar pela morte de Sebastião Lair Hipólito, porteiro de um colégio em Icaraí, assassinado um dia antes do anúncio.
O secretário Executivo e pré-candidato à Prefeitura de Niterói Rodrigo Neves foi procurado, via assessoria de Comunicação, para comentar a fala do governador Cláudio Castro, mas não respondeu aos questionamentos da reportagem até a publicação dessa matéria.
