Água virou um líquido muito precioso em Niterói. Devido à suspensão do abastecimento desde a manhã da última quarta-feira, 03, por causa da paralisação do Sistema Imunana-Laranjal, os consumidores correram aos supermercados nesta quinta-feira, 04, para comprar garrafas e galões de água.
Os supermercados tiveram grandes filas de consumidores para comprar água. Na parte da tarde, as prateleiras já estavam vazias. Moradores de várias partes da cidade contrataram caminhões-pipa para se abastecerem. O mesmo fizeram empresas para continuar trabalhando.
A concessionária Águas de Niterói, responsável pela distribuição na cidade, informou que o abastecimento em todo o município continua suspenso, devido à paralisação do Sistema Imunana-Laranjal, operado pela Cedae e não tem previsão de retorno. Orientou os consumidores a economizarem água até que o fornecimento seja normalizado.
A empresa esclareceu que não há nenhum risco da população ter recebido água imprópria para o consumo. A Cedae interrompeu o sistema antes da captação da água ser contaminada e garante que a operação só será retomada quando a água estiver totalmente adequada para o consumo humano. Antes de chegar às residências, a água distribuída pela concessionária passa por rigorosos testes, que comprovam o atendimento a todos os parâmetros de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde.
A concessionária segue acompanhando o processo de restabelecimento do sistema, incluindo as análises da água, controlando os reservatórios da cidade, e enviando comunicações aos clientes. A empresa está com 30 caminhões-pipa abastecendo os locais que prestam serviços essenciais.
Estado investiga contaminação
O Governo do Estado montou uma força-tarefa formada pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Cedae e Polícia Civil para apurar a origem do poluente que provocou a suspensão do abastecimento para dois milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.
Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), acionados pela Cedae, estão desde ontem percorrendo as margens dos rios Guapiaçu e Macacu, com o uso de helicópteros, drones e uma embarcação, para identificar a origem do vazamento de tolueno. O caso foi registrado na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), da Polícia Civil, que mantém equipe no local de captação de água para colher informações. A investigação está em andamento.