A Polícia Civil do Rio de Janeiro procura o motorista de aplicativo que teria levado Érika de Souza Vieira Nunes e um idoso, Paulo Roberto Fraga, de 68 anos, a uma agência bancária no bairro de Bangu, na Zona Oeste do Rio, na tarde da última terça-feira, 16. A mulher fingiu que o homem, que dizia ser seu tio, estava vivo, e tentou sacar um empréstimo de R$ 17 mil.
Segundo a Polícia, o motorista ainda não foi identificado, mas, poderá esclarecer se ajudou Érika a colocar a vítima no carro, se quando o idoso, ele estava vivo ou não. Na manhã desta quarta-feira, 17, a mulher foi transferida para uma unidade prisional, onde aguardará audiência de custódia.
O caso foi registrado na 34ª DP (Bangu), que investiga o caso. Os familiares de Érika estiveram de manhã na delegacia, mas, não quiseram falar com a imprensa. Segundo ainda a Polícia, um laudo da perícia confirmou que a vítima já estava morta duas horas antes da chegada da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na tarde de terça-feira. O corpo dele ainda se encontra no Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande.
Ainda de acordo com o laudo da perícia, Paulo Roberto não teria morrido sentado na cadeira, mas, deitado, desmentindo tese de Érika, de que ele estaria vivo quando ambos saíram de casa.
A Polícia informou ainda que a mulher foi presa e autuada em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. O corpo do idoso é examinado no IML, a fim de apurar as circunstâncias da morte. Agentes realizam diligências para esclarecer os fatos e testemunhas serão ouvidas.
Funcionários do banco desconfiaram
Funcionários da agência ficaram desconfiados da atitude da mulher, que falava com o idoso como se ele estivesse vivo, segurando a cabeça dele o tempo todo. A falta de reação do idoso chamou a atenção dos atendentes. Então, eles gravaram a cena e chamara a polícia.
Segundo o banco, o valor já estava pré-aprovado. De acordo com o Samu, o corpo de \Paulo Roberto já apresentava livores (manchas escuras que correspondem às zonas de falta ou de acumulação de sangue), que costumam aparecer após esse tempo.
A advogada de Érika, Ana Carla de Souza Corrêa, afirmou que Paulo Roberto estava vivo quando chegou ao banco e que a mulher se encontrava emocionalmente abalada e sob efeito de remédios.