Depois de quase dez anos de paralisação das obras de construção do antigo Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), atual Polo GasLub, em Itaboraí, as obras serão retomadas e com previsão de serem concluídas ainda este ano. O anúncio foi dado pela Petrobras na última quinta-feira, 02, quando lançou licitação pública dos trabalhos e a cidade poderá viver um novo boom de crescimento e desenvolvimento econômico, tal qual o vivido até 2014. Segundo a estatal, cerca de 10 mil novos empregos serão gerados.
A empresa que ganhar a licitação vai concluir a construção das unidades operacionais no Polo GasLub, localizado no Porto das Caixas, em Itaboraí. Pela planta apresentada pela Petrobras, esta terá capacidade aproximada de produzir 12 mil barris por dia de óleos lubrificantes de Grupo II, além de 75 mil barris de diesel S-10 e 20 mil de querosene de aviação (QAV-1), de baixo teor de enxofre.
Pela nova licitação, serão construídas e concluídas unidades de Hidrocraquamento Catalítico (HCC), de Hidrotratamento (HDT), de Desparafinação por Isomerização por Hidrogênio (HIDW), unidades auxiliares, utilidades, off-sites e dutos extramuros.
A estimativa é que sejam gerados até 10 mil empregos diretos e indiretos durante a fase de execução das obras. “A contratação é um marco para a retomada do Polo GasLub e com ela a companhia volta a investir em um empreendimento de grande importância não só para a Petrobras, mas para o Rio de Janeiro e todo o Brasil”, afirma o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
A retomada do Polo GasLub, cujas obras foram interrompidas em 2015, está alinhada à estratégia da Petrobras de modernizar o seu parque de refino e oferecer ao mercado e à sociedade produtos avançados e com alto valor agregado. Segundo o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, “a decisão da companhia reforça a estratégia de manter sua atuação com ativos focados na proximidade entre a oferta de óleo e gás e o mercado consumidor”. Para o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos, “a modernização do parque de refino, além de aumentar a produção de combustíveis e a qualidade dos lubrificantes, vai inserir a Petrobras nos mais modernos padrões internacionais de produção”.
A estatal prevê começar no segundo semestre este ano a operar a unidade de processamento de gás natural (UPGN) de Itaboraí, que receberá o gás do pré-sal, escoado pelo gasoduto offshore Rota 3, que é o projeto mais avançado do GasLub.
A Petrobras vai ainda viabilizar o processamento de correntes intermediárias oriundas da Reduc (Refinaria de Duque de Caxias) e eliminar restrições operacionais, adequando grande parte das instalações e unidades do antigo Comperj, compatibilizando eficiência e rentabilidade. Será o maior do país, com capacidade de processamento de até 21 milhões de metros cúbicos por dia.