O aumento nos casos de gripes e resfriados proporciona uma corrida para as farmácias e o ditado “enquanto uns choram, outros vendem lenços” nunca fez tanto sentido. Medicamentos simples e baratos, como a Dipirona, estão custando quase duas vezes o preço. O mesmo acontece com Vitamina C e antigripais a base de Paracetamol, por exemplo.
A variação entre as farmácias, da Zona Sul ao Centro de Niterói, mostra a discrepância dos valores. E o tratamento para as doenças, ou o combate aos sintomas da gripe e resfriado, fica pesado no bolso.
A cartela com 10 comprimidos do Dipirona de 500 mg está sendo vendida por R$ 6,44 em uma farmácia do Centro de Niterói. A Vitamina C com 10 pastilhas efervescentes R$ 9,9 e o Paracetamol de 750mg com 20 comprimidos está sendo vendido por R$ 10,90.
Em Icaraí a Dipirona custa R$ 6,76, a Vitamina C está sendo comercializada por R$ 22,50 e o Paracetamol está sendo vendido por R$ 5,99.
Os mesmos medicamentos em uma drogaria em Piratininga, na Região Oceânica, custam R$ 5,40 (Dipirona), R$ 10,76 (Vitamina C) e R$ 8,90 (Paracetamol). No Barreto, na Zona Norte da cidade, a Dipirona pode ser encontrada por R$ 4,99 o efervescente por R$ 9,99 e o Paracetamol R$ 13,99.
ESPECILISTA EXPLICA
A diretora médica da Clínica Niterói, Dra. Ana Sodré, explicou que é tradicional o período de alta demanda no comércio. “As farmácias não são estabelecimento de saúde, mas de comércio de medicamento. Um exemplo disso foi o álcool gel que durante a pandemia teve o preço triplicado. O grande problema do uso destes medicamentos é que as pessoas consomem a medida que tem qualquer sintoma de dor ou resfriado, sem ir a uma consulta médica”, frisou.
A Epidemiologista ainda explicou que o grande problema são as dosagens corretas. “No Paracetamol, por exemplo, se tomado em alta dose pode alterar a função hepática causando até uma necrose hepática (em altíssima dose) e em outros casos as alergias e perdas respiratórias das mais levas às graves, tudo devido às dosagens”, exemplificou.