A vereadora Benny Briolly participou na quarta-feira (27), em Brasília, de um protesto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), durante a votação da Proposta de Emenda a Contituição – PEC 164, que acaba com as possibilidades de abortos autorizadas no Brasil (dentro da lei). A parlamentar de Niterói estava acompanhada de outras colegas do poder legislativo de várias partes do Brasil, além de ativistas que tentavam impedir a aprovação da proposta.
Houve muito bate-boca e os deputados da CCJ, que são em sua maioria, de centro-direita, esvaziaram a sessão e depois retornaram com a proibição de acesso público ao debate.
A vereadora de Niterói, disse pelas suas redes sociais, que foi vítima de violência na Câmara Federal.
“Hoje, no Congresso, nós parlamentares mulheres e ativistas fomos alvo de perseguição e violência.
Inúmeros foram os casos de censura, machismo, racismo e transfobia. Pasmem, desvalidaram a nossa identidade de gênero a fim de desmobilizar o nosso movimento.
Mas não seremos interrompidas e não iremos abaixar a nossa cabeça, continuaremos lutando pelos direitos das mulheres e pessoas que gestam”.
Com gritos de “criança não é mãe e estuprador não é pai” e “retira a PEC”, manifestantes ocuparam o plenário da CCJ e interromperam o andamento da discussão.
CCJ aprova a Pec mesmo com protesto
Após o protesto que interrompeu a sessão, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com as possibilidades de abortos autorizadas no Brasil foi aprovada nesta quarta-feira (27) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, por 35 votos contra 15.
A PEC pode acabar com a permissão para se interromper a gravidez nos casos de risco de morte da gestante, de gravidez por estupro e de anencefalia fetal, ou seja, de má-formação do cérebro do feto.