Maricá será a primeira cidade a receber uma Torre de Controle Remota do espaço aéreo fora de aeroportos militares. O anúncio foi feito no último dia 19/11 pelo Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente Brigadeiro Domingues, durante visita do presidente da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), José Orlando Dias, ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), na base de Santa Cruz, no Rio.
“E
sse é mais um passo que a Codemar tem dado no sentido de colocar o aeroporto dentro do cenário nacional. A torre nos proporciona a vinda de uma série de atividades para dentro do aeroporto, que serão importantes para o desenvolvimento da economia do município de Maricá”, disse José Orlando. A Codemar é administradora do Aeroporto de Maricá que já realiza operações de apoio offshore.
Para Valdir Lemos Padilha, consultor aeronáutico da Codemar, a nova torre trará para Maricá, “não só tecnologia, como também uma grande visibilidade em todo o Brasil”.
Segundo ele, a torre de Maricá será instalada em parceria com a Secretaria de Aviação Civil. “A princípio não haverá custos para os cofres públicos de Maricá, pois será custeado pelo governo federal”, explicou.
Ainda de acordo com o consultor aeronáutico, o imageamento e os sensores da Torre Remota são melhores que o olho humano, pois o controlador terá uma visualização mais aprimorada em condições ruins do clima e com total segurança para as aeronaves.
Isso fará com que a torre convencional, aquela edificação de concreto com vidros na parte superior, dê espaço a uma estrutura de metal com câmeras de altíssima resolução localizadas no topo. De lá sairão as imagens que os controladores verão na sala, ao nível do solo.
A Torre de Controle Remota é uma tecnologia nova e poucos aeroportos no mundo operam totalmente nesse modelo. O primeiro local que teve esse equipamento implantado foi o aeroporto de Bodo, na Suécia. Na América Latina, o primeiro foi em Santa Cruz, no Rio.
O Aeroporto de Maricá tem classificação SBMI, dispõe de uma estação meteorológica, tem a inclusão de rádio no ciclo de aeroportos, passou pela homologação de EPTA e pela inspeção para implantação do RNAV.
