Apenas três candidatos tiveram aumento de votos acima de 100% nas Eleições Municipais 2020 em Maricá. Todos na Câmara de Vereadores. Tratam-se do presidente da casa, Aldair de Linda (PT); do 1° secretário Marcus Bambam (PCdoB) e do único oposicionista Ricardinho Netuno (Republicanos).
Aldair de Linda (PT), apesar de ter sido eleito como o vereador mais votado da história de Maricá, no ranking de “aumento de votação” ficou em terceiro lugar. Quando comparadas as votações de 2016 e 2020, o petista teve um aumento de 110,4%, saltando de 2.214 para 4.469 votos.
“A maior votação da história de Maricá. Foram 4.469 amigos e amigas que disseram sim à continuidade de um trabalho sério e maravilhoso que vem sendo feito em nosso município”, disse Aldair, a época, em agradecimento à reeleição.
Na classe política, era esperado que o oposicionista Ricardinho Netuno (Republicanos) tivesse um aumento em sua votação, já que há quatro anos se elegeu na chamada “sobra” e com apenas 707 votos. Em 2020, ele teve um aumento de 132,9% em seus eleitores, alcançando a marca de 1.647 votos.
O vereador que teve maior aumento nos votos entre 2016 e 2020 foi Marcus Bambam (PCdoB). Eleito para seu primeiro mandato com 1.061 votos, o primeiro secretário da Câmara de Maricá alcançou a marca de 2.690 votos nominais, um aumento de 153,5%.
Não-eleitos – Quatro vereadores, apesar de terem aumentado suas votações, não conseguiram se reeleger. Dois deles, por sinal, obtiveram votação acima dos 2.000 votos, mas acabaram ficando de fora por conta do quociente eleitoral.
Dentre os que ficaram de fora, Marcinho da Construção (MDB) foi o que teve maior crescimento entre 2016 e 2020. Com a marca de 2.211 votos neste ano, ele aumentou em 83,6% seus eleitores, já que há quatro anos teve 1.204 votos. Ele é primeiro suplente de sua legenda.
O então líder do Governo na Câmara, Fabrício Bittencourt (Cidadania), obteve 2.098 votos neste ano, um aumento de 12,3% em comparação com o pleito de 2016. A época, o filho do ex-vereador Aldemir Bittencourt conseguiu 1.868 votos. Fabricio também é primeiro suplente em seu partido.
Felipe Paiva (PCdoB), atual segundo secretário da Câmara de Maricá, é outro que aumentou seus votos e não se reelegeu. Paiva viu seus eleitores aumentarem em 47,6% neste ano. Em 2016, teve 1.319 votos, em 2020 foram 1.947. O atual parlamentar é mais um que ficou na primeira suplência.
Queda – Seis vereadores viram, ainda, seu eleitorado diminuir. Dentre os que disputaram a volta à Câmara de Vereadores, dois não conseguiram se reeleger, enquanto um disputou a Prefeitura de Maricá, sem sucesso.
Chiquinho (PSDB), em 2016, foi eleito como o vereador mais votado, com 2.132 votos. Neste ano, ele tentou se eleger chefe do Executivo, mas teve votação menor da obtida há quatro anos: 2.065 votos, ficando em último lugar na corrida à Prefeitura. Uma queda de 3,1% em seu eleitorado.
Uma surpresa para muitos foi a não reeleição do atual vice-presidente da Câmara de Maricá, Dr. Felipe Auni (PSD). O edil também viu seus eleitores se dispersarem entre um pleito e outro. Ele teve queda de 12,3% no número de votos entre as eleições (1.690 votos em 2016, 1.482 em 2020).
Fabiano Novaes (PSD), que se tornou vereador em decorrência do assassinato de Ismael Breve em agosto de 2019, foi quem teve maior queda no número de votos. Em 2016 ele fez 943 votos, enquanto em 2020 foram 794 votos, uma queda de 15,8%.
Apesar de verem seus votos diminuírem, dois vereadores se reelegeram: Bubute (PDT), que teve votação em 2020 5,7% menor em comparação com 2016; e Robson Dutra (PSD), que teve queda de 8,8% em seus eleitores.
Adelso Pereira (Avante), que foi 1° suplente e chegou a assumir cadeira na casa, viu seus eleitores se dispersarem e teve votação 4,9% menor neste ano (1.468 votos em 2016 contra 1.396 votos em 2020). Entretanto, por conta do quociente eleitoral, conseguiu se efetivar como vereador para os próximos quatro anos.