A Assembleia Legislativa do Rio anunciou a criação de um canal de denúncias para casos de violência contra trabalhadores de aplicativos. O número é (21) 98261-6266. Pelo canal será possível denunciar atos, como ameaças, assédio, agressões físicas e outras violações de direitos sofridas por profissionais que atendem por plataformas digitais.
Segundo a deputada estadual Dani Balbi (PCdoB), presidenta da comissão de trabalho, o objetivo é dar visibilidade a situações de violência que muitas vezes não chegam às autoridades.
“É inaceitável que trabalhadores que sustentam o cotidiano da cidade, garantindo alimentação e mobilidade, sigam expostos a agressões e humilhações. O disque-denúncia será um instrumento para registrar, acompanhar e encaminhar esses casos, fortalecendo a proteção da categoria”, disse a parlamentar.
Além de acolher as denúncias, o canal deverá produzir relatórios periódicos que sirvam de base para novas medidas legislativas e políticas públicas voltadas à proteção dos trabalhadores de aplicativos no estado.
Através desse canal de denúncias, a Alerj pretende produzir relatórios mensais a partir da compilação dos relatos dos trabalhadores.
Caso do entregador baleado acelerou as medidas de proteção
Recentemente, o entregador Valério Júnior foi baleado no pé pelo policial penal José Rodrigo da Silva Ferrarini porque não quis subir ao apartamento do agente para levar um lanche. O agressor foi preso temporariamente por tentativa de homicídio qualificado.
No vídeo abaixo Valério Junior fala sobre o alívio da prisão do autor do disparo:
Valério gravou o momento que o policial penal, que era cliente, desceu do apartamento e atirou nele. O vídeo foi postado nas redes sociais e teve milhares de vizualizações. Após a postagem o delegadoque recebeu o caso, pediu a prisão preventiva do acusado.
