A Prefeitura de Maricá, por meio da Companhia Maricá Alimentos (AMAR), avança na criação de um novo equipamento voltado ao fortalecimento da produção de alimentos no município. A proposta é investir na industrialização da agricultura e da pesca locais, com a implantação de um polo agroalimentar que reunirá fábricas, unidades de beneficiamento e estruturas de processamento, ampliando a renda dos produtores e garantindo alimentos de qualidade à população.
Entre os destaques do projeto está a implantação de uma fábrica de conservas de peixes, com produção em larga escala de espécies como tilápia e pirarucu. Segundo o presidente da AMAR, Marlos Costa, a iniciativa será inédita no país. “Vamos produzir peixe em conserva a partir de espécies cultivadas e processadas aqui em Maricá, garantindo escala para atender escolas, hospitais e outros equipamentos públicos, além do comércio tradicional”, afirmou.
O polo agroalimentar também vai concentrar outras atividades, como produção de chocolate fino, torrefação e encapsulamento de café, beneficiamento de mel, frigorífico e um centro de distribuição voltado à agricultura familiar. Cooperativas de apicultores já estão sendo organizadas para integrar o novo modelo produtivo. “A proposta é cuidar de toda a cadeia, da compra da produção ao beneficiamento e à distribuição”, destacou Marlos.
Na área da pesca, o planejamento inclui tanques de cultivo, unidades de filetagem e processamento do pescado, além da ampliação da fábrica de alimentos desidratados já existente, que produz itens como banana, batata-doce e aipim. Parte da produção será destinada à rede municipal de alimentação.
O projeto prevê ainda sistemas agroflorestais de café e cacau, unindo cultivo sustentável e processamento para a produção de chocolates e cafés especiais. Para Marlos Costa, a iniciativa integra uma estratégia de diversificação econômica. “Os royalties do petróleo não são eternos. Investir na produção de alimentos é apostar em uma fonte sólida de renda e no futuro de Maricá”, concluiu.
