Uma confusão no Centro de Maricá reacendeu uma discussão muito importante para os dias de hoje: a apologia ao nazismo. Em plena noite de sexta-feira (15/3), na Praça Orlando de Barros Pimentel dois homens se vestiam com camisas contendo o símbolo da suástica que remete ao nazismo e circulavam pelos bares.
Num certo momento, veio a primeira provocação. Foi justamente ao ex-prefeito de Maricá, Washington Quaquá que estava reunido com um grupo de amigos e que não hesitou em repreender. Acabou virando uma briga generalizada com agressões mútuas.
“Você é nazista” gritou Quaquá.
Apologia ao nazismo é crime pela lei brasileira. Nem mesmo é necessário haver atos de violência ou incitação direta à violência para que o delito ocorra. O parágrafo 1º do artigo 20 da Lei 7.716/1989 prevê pena de reclusão de dois a cinco anos para quem “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.
Um vídeo que circula nas redes sociais desde a noite desta sexta-feira (15) mostra o momento da confusão.
Em tempos de ódio como vive o Brasil, fazer apologia ao nazismo é inadmissível. Qualquer pessoa que leu e conhece a história deve abominar qualquer tipo de apoio ao um regime que representou o extremo do totalitarismo e resultou na morte de milhões de pessoas.
Nazismo
Corrente política surgida na Alemanha no final da década de 1910 e início da década de 1920, o nazismo foi uma das principais expressões do fascismo europeu durante o período entre guerras.
Tendo como principal liderança o ex-cabo do exército alemão na I Guerra Mundial, Adolf Hitler, o nazismo construiu um Estado totalitário na Alemanha na década de 1930, sendo esse fato o principal motivo de eclosão da II Guerra Mundial.
Era um regime unipartidário e totalitário, onde judeus, opositores políticos e outros elementos vistos como “indesejáveis” eram marginalizados, escravizados, presos e assassinados.
O nazismo, como uma das expressões do fascismo, também se caracterizou pelo nacionalismo, que colocava os interesses da nação como primordiais; pelo militarismo, radicando na ação militar a solução para os problemas econômicos e sociais do país, principalmente a garantia da estabilidade da ordem social; pelo autoritarismo, restringindo a participação política e centrando o poder na figura de um líder; pelo anticomunismo, apontando os comunistas como responsáveis pelos problemas sociais; e pelo idealismo e romantismo, estimulando a irracionalidade como meio de adesão às propostas políticas de solução dos problemas nacionais.
