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Após mar abalar a estrutura, casa em Cordeirinho é interditada pela Defesa Civil

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Fotos: Lucas Nunes

“Meu sonho está indo por água abaixo. Agora, não tenho para onde ir. Estou me sentindo desamparada, desolada”; esse é o desabafo de Giane Faria, moradora da casa que foi totalmente interditada nesta quarta-feira (14) depois que o mar abalou sua estrutura em Cordeirinho, Maricá. Parte da área externa da casa já foi destruída pela força da água.

Por conta da erosão que aconteceu, a casa tem diversas rachaduras. Há dez dias, o imóvel há havia sofrido uma interdição cautelar após outra ressaca. Com a ressaca que atinge a costa fluminense, a estrutura da casa foi seriamente abalada e Giane teve que sair de casa e retirar seus pertences às pressas. “Estou colocando minhas coisas nas casas de amigos, tirando tudo daqui”, contou. A equipe do ErreJota Notícias esteve no local justamente no momento em que os objetos, roupas, móveis, eletrodomésticos, dentre outros, eram retirados.

Segundo Giane, há aproximadamente um mês ela vem buscando ajuda da Defesa Civil, prevendo que algo desse tipo pudesse acontecer. “Começou com a erosão e a gente estava há mais de 30 dias buscando a Defesa Civil. Fizemos abaixo-assinado e levamos lá para a construção de um quebra-mar”, disse. “Hoje, quando eles vieram interditar a casa, até trouxeram o abaixo-assinado”, relatou.

Antes de ameaçar a casa, segundo a moradora, o mar já havia engolido uma avenida, que separava as casas existentes na orla da faixa de areia da praia. Essa via pública já não existe mais.

Giane veio morar em Maricá há cerca de dez meses, quando comprou a casa. “Eu amo a cidade. Morava no Rio e, quando meu marido se aposentou, escolhemos Maricá para morar”, afirmou. Segundo os cálculos feitos pela moradora, já foi pago mais de R$ 150 mil, entre parcelas e reformas.

Apesar de desnorteada, a moradora tem em mente os primeiros passos que dará. “Primeiro, preciso ir ao banco tentar suspender o parcelamento. Cada parcela é aproximadamente R$ 4 mil. Vou tentar acionar o seguro da casa também, cada parcela é pouco mais de R$ 600”, pontuou.

Há uma semana, a Secretaria de Proteção e Defesa Civil de Maricá fez um levantamento e afirmou que não havia risco iminente de desabamento de nenhum dos 18 imóveis vistoriados e notificados entre as ruas 61 e 65 – a casa de Giane também recebeu a visita dos agentes.

De acordo com Giane, o imóvel está registrado no Registro Geral de Imóveis (RGI) e tem o “Habite-se”, emitido pelo Executivo municipal.

A Prefeitura de Maricá informou, através de nota, que o imóvel foi interditado pela Secretaria de Proteção e Defesa Civil de Maricá e um casal que mora na residência  (Giane e o Marido) foi comunicado pelo órgão municipal que, por medida de segurança, precisará sair do local e retirar os pertences.

De acordo com a nota, a casa já havia sido interditada parcialmente (o muro foi atingido na última ressaca em 5 de agosto) e, com essa nova ação do mar, a estrutura foi prejudicada e interditada totalmente pela Defesa Civil.

A nota informa, ainda, que uma equipe da Autarquia de Serviços de Obras de Maricá (Somar) também esteve no local para vistoria e estuda fazer uma obra de contenção para proteger a via pública ao longo do trecho afetado pelas ondas.

“Além desta casa, outras 17 residências na área foram notificadas pela Defesa Civil no último dia 5 de agosto, porém nenhuma apresenta risco eminente de desabar”, finalizou a nota.

A nota não informou se os moradores da casa serão alocados em algum lugar ou terão direito a receber aluguel social.

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