spot_imgspot_img

Leia a nossa última edição #70

spot_img
spot_imgspot_img

Após pedido da prefeitura, INEA finalmente inicia retirada de pedras do canal de Ponta Negra

spot_imgspot_img

Mais lidas

O canal de Ponta Negra vem recebendo intervenções na última semana para retirada de pedras que colocam em risco o tráfego de embarcações. O trabalho vem sendo realizado pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) após vários pedidos da Prefeitura de Maricá.

De acordo com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca, há pelo menos cinco meses o Executivo vem tentando realizar a operação, porém sem respostas do órgão estadual. Pra surpresa, essa semana os trabalhos se iniciaram sem qualquer comunicado à prefeitura. “No dia 16 de maio encaminhamos ao INEA uma solicitação pedindo autorização para a retirada das pedras. No dia 17/08 enviamos um novo ofício, todos sem resposta. Agora vieram e iniciaram a retirada. Essa obra veio para beneficiar o pescador e a prefeitura tomou providências desde que foi procurada pelos pescadores”, ressaltou.

O relacionamento da INEA com Maricá já não é dos melhores há tempos. O órgão tem em seu quadro de servidores nomes ligados ao Deputado Marcelo Delarolli (DEM), opositor à administração atual da Prefeitura, o que dificulta o trabalho em conjunto entre o município e órgão.

Aos 33 anos e trabalhando na pesca há pelo menos 20, Ramon Silva César, fala sobre a briga política. “Nós estamos cientes que a briga política é muito grande. Pessoas da oposição, principalmente, quer puxar sardinha para o seu lado. Mas não queremos saber do partido político de ninguém, só queremos o nosso benefício”, disse. “Aqui ninguém critica a Prefeitura, pelo contrário, quando o INEA veio falamos que a prefeitura tinha disponibilizado uma máquina e que nós tiraríamos as pedras na mão. Só que, infelizmente, não era o meio próprio para fazer aquilo, como essas máquinas que estão aqui também não são”, completou Ramon.

De acordo com Júlio Carolino, a prefeitura tem os mesmos equipamentos e poderia concluir o serviço com mais rapidez. “Enquanto eles têm duas máquinas, nós temos quatro. Se trabalhássemos em parceria, então, em três dias o serviço estaria concluído. Mas, infelizmente, não nos deixaram fazer. Eu não quero mérito, quero é servir aos pescadores. O que não pode é essa demora toda.”, afirma.

Júlio ainda questiona. “Até onde vai o interesse político de um indivíduo, que deixa o outro perecer, mas não permite fazer?”, questiona completando: “Eu ia aguardar mais um, dois meses e pedir para a Procuradoria entrar na justiça contra o Estado, para fazermos o trabalho com o poder de uma liminar. Os pescadores não podiam ficar prejudicados por briguinha política. E pior, agora chegam aqui politizando a coisa, fazendo um palanque eleitoral”, finalizou o Secretário que apresentou documentos dos pedidos enviados ao INEA e que não tiveram respostas.

Sem autorizar a participação da Prefeitura, o trabalho segue com lentidão, como afirma o pescador Osvaldino Costa: “Eles só estão trabalhando na parte da manhã. Depois a água começa a bater na parte do motor e eles têm que tirar a máquina. Tem uma semana que começou, porque na semana passada o mar subiu e eles não puderam trabalhar”, disse.

Ramon César acredita que os trabalhos foram iniciados apenas após os pescadores fazerem um protesto. “A verdade é que eles só vieram porque nós fizemos um protesto no sábado (30/09) de manhã, quando foram (INEA) inaugurar o canal para a limpeza. Ficaram até com medo pensando que íamos arrumar brigar, porque abriram o canal de qualquer maneira sem um filtro, nem nada, e o esgoto ia entrar direto na lagoa. Na hora eu falei para eles que a Prefeitura estava tentando fazer, mas que o INEA sentou em cima do processo. Aí eles falaram que não era nada disso”, relata Ramon que finalizou fazendo um pedido. “Se a prefeitura puder brigar por essa limpeza do canal e das lagoas, vão estar fazendo mais um benefício para nós todos com o apoio de todo mundo aqui. Esse canal sendo dragado está beneficiando Maricá inteiro, porque aquela chuvada que deu, se não fosse o canal de Ponta Negra, Maricá ficava debaixo d’água de vez. Porque é o canal de Ponta Negra que alimenta e oxigena todas as lagoas de Maricá: Ponta Negra, Guaratiba, Barra, Araçatiba”, concluiu Ramon.

spot_imgspot_img
spot_imgspot_img
spot_imgspot_img
spot_imgspot_img
spot_imgspot_img
spot_imgspot_img

Últimas notícias

spot_imgspot_img
spot_imgspot_img