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Aumento das tarifas dos ônibus incomoda moradores de Niterói

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Após a declação do aumento da tarifa dos ônibus no Estado do Rio de Janeiro, que vai ser realizada a partir do próximo sábado (18/02), muitas pessoas que precisam do tranporte público para ir trabalhar e estudar ficaram incomodadas. As passagens vão aumentar em cerca de 10% do valor atual. A informação está no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro (DOERJ) e foi confirmada e aprovada pelo Detro-RJ.

A moradora de Niterói Andrezza Gomes não vê benefícios para ninguém no no aumento da tarifa. “Eu acho que nem para as empresas nem para os passageiros. No meu caso, eu pego dois ônibus todos os dias quando eu vou para a faculdade então, se for para 5 reais, eu vou gastar 10 reais por dia e 50 reais por semana, mais o dinheiro que eu gasto pegando três ônibus para ir para Belford Roxo visitar a minha família. Se aumentar a tarifa, eu vou gastar muito mais dinheiro e isso vai ser muito prejudicial para mim”.

O Detro-RJ afirmou que, a partir do aumento das tarifas, os ônibus que possuem ar-condicionado, não podem andar com os mesmos desligados ou com janelas abertas, e caso haja descumprimento, uma multa será aplicada. Porém, ainda persiste falta de ar-condicionado em algumas frotas de ônibus do Rio de Janeiro.

Em 2014, o então prefeito Eduardo Paes (PSD) prometeu que “100% dos veículos da cidade estariam climatizados até dezembro de 2016”. O ano marcou o fim do segundo mandato de Paes no município e seis anos após o fim do prazo, milhares de cariocas seguem obrigados a enfrentar o forte calor no transporte público rodoviário.

A esperança dos moradores é que a multa declare o fim dessa situação. A Andrezza Gomes complementa que “é um dinheiro que faz toda a diferença no final do mês e que vai pesar no bolso. Se tivesse um aumento da frota, se eles tivessem colocado mais ônibus para rodar nas cidades ou tivesse alguma melhoria, eu acho que até valeria a pena. Mas pra gente que precisa do ônibus, não vejo nenhum benefício nisso já que os problemas anteriores ainda persistem”.

*Estagiário sob a supervisão de Raquel Morais

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