A Baía da Guanabara virou tema do filme média-metragem “Espelhos da Baía”, produzido e lançado na última sexta-feira, na internet pelo Projeto de Educação Ambiental “Redes da Baía”. O filme, que tem 40 minutos e 32 segundos, é o primeiro de uma série documental e tem entrevistas com diretores da PortosRio, concessionária responsável pela gestão do Porto do Rio de Janeiro e o de Niterói, além dos acessos aquaviários.
Segundo o projeto, a série série constitui um instrumento pedagógico para apoiar a discussão e o estabelecimento de acordos para a gestão compartilhada das atividades na zona marítima da Baía de Guanabara, com foco nas questões relacionadas ao tráfego de embarcações de apoio à cadeia produtiva do petróleo e gás.
No filme, a PortosRio explicou a coordenação de esforços visando a segurança do tráfego na Baía da Guanabara, não somente para a vida humana, mas, também para o meio ambiente. A Autoridade Portuária controla o tráfego dos navios desde a permissão de entrada, no intuito de prevenir acidentes como colisões e derramamento de óleo.
A companhia também destacou o trabalho do grupo que estuda melhorias da acessibilidade aquaviária do Porto do Rio de Janeiro, composto pelas Autoridades Portuária e Marítima, pela Praticagem, pelas empresas arrendatárias dos terminais do porto e outros players importantes. Os representantes se reúnem mensalmente para compartilhar problemas e encontrar soluções.
Sinopse do filme: A Baía de Guanabara possui diferentes vocações: pesca artesanal e industrial; esporte; turismo; lazer; uso industrial; espaço portuário e logístico e tráfego de apoio à indústria de petróleo e gás. O filme “Espelhos da Baía de Guanabara” reúne instituições públicas e sociedade civil para refletir sobre a gestão ambiental e do tráfego aquaviário no espelho d’água da baía, e apoiar a discussão sobre o uso compartilhado desse espaço. A direção é de Tiago Carvalho, que também assina o roteiro, junto com Daniel Brazil. O filme pode ser visto no site do projeto e no seu canal do You Tube ( https://www.youtube.com/watch?v=DJEJT1i59Z0
Degradação ambiental
A Baía de Guanabara se tornou um cemitério de embarcações abandonadas, já que enormes carcaças se acumulam no local, trazendo poluição residual. Atualmente cerca de 78 embarcações estão abandonadas no local, segundo a ONG Movimento Baía Viva. A maioria das embarcações está próxima à Ilha da Conceição, em Niterói. Segundo esta ONG, o grande número de embarcações abandonadas aumenta o risco de vazamento de óleo e de outras substâncias químicas e metais pesados na região.
Em 14 de novembro de 2022, uma dessas embarcações encalhadas, o graneleiro São Luiz se desprendeu do local onde estava atracado e colidiu com a Ponte Rio-Niteroi, causando a interrupção das duas vias por 3 horas.
