A bancária Bárbara Elisa Yabeta Borges, de 28 anos, morreu na tarde desta sexta-feira (31) após ser baleada na cabeça enquanto seguia em um carro por aplicativo pela Linha Amarela, uma das principais vias expressas da Zona Norte do Rio de Janeiro. Ela voltava de uma visita a um cliente na Ilha do Governador e seguia para o Cachambi, onde almoçaria com a mãe antes de ir para casa, na Barra da Tijuca.
Bárbara estava no banco traseiro do veículo quando o motorista ouviu disparos, na altura da passarela do Fundão. Ferida gravemente, foi levada ao Hospital Geral de Bonsucesso, mas não resistiu.
Na manhã deste sábado (1º), a mãe, a sogra e um tio estiveram no Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio para liberar o corpo. Muito abalada, Andreia Assis, sogra de Bárbara, contou que foi o marido da jovem quem avisou a família sobre o ocorrido, ao perceber que o celular da esposa estava registrado no hospital.
Segundo familiares, Bárbara havia sido promovida recentemente e planejava engravidar no próximo ano, vivendo um momento de conquistas profissionais e planos pessoais. A notícia da morte causou profunda comoção entre amigos e colegas de trabalho.
Jovem ativa e apaixonada pela vida
Bárbara era bancária, praticava esportes e adorava viajar. Em suas redes sociais, compartilhava fotos praticando atividades físicas, participando de corridas de rua e explorando destinos turísticos com o marido.
O casal viajou recentemente para Orlando e Nova York, e em 2024 conheceu Machu Picchu, no Peru, experiência que Bárbara descreveu como “a melhor da vida”.
Em uma das postagens, ela escreveu:
“Sendo feliz com a minha pessoa favorita. A vida é mais leve ao seu lado… Te amo.”
Reflexão que viralizou após o crime
Horas antes de morrer, Bárbara compartilhou em seu Instagram um texto sobre amor, cuidado e o valor das pessoas. Após sua morte, a mensagem ganhou tom de despedida e viralizou nas redes sociais:
“Por favor, cuide de quem te ama. Cuide de quem te escuta, de quem te espera, de quem te quer bem. Não negligencie o essencial.”
Ela completou:
“O que tem valor, quando vai embora, leva um pedaço da gente junto. E, acredite, é caro demais perder aquilo que não tem preço.”
Tiroteio e caos na Linha Amarela
Segundo a Polícia Militar, o tiroteio ocorreu na altura da Rua Praia de Inhaúma, nas proximidades do Morro do Timbau, durante um confronto entre criminosos e policiais. O carro de aplicativo em que Bárbara estava acabou atingido pelos disparos.
A via expressa foi interditada por volta das 14h30, causando pânico e congestionamento. Imagens gravadas por motoristas mostraram veículos parados e a presença de um blindado da PM. Um homem armado com fuzil também foi baleado no confronto.
Comoção e revolta nas redes sociais
A morte de Bárbara gerou forte comoção nas redes sociais.
A cantora Marvvila repostou uma publicação de Bárbara recente que tinha uma música dela como tema.
Na publicação a cantora deseja forças a família e pede por justiça.
A família do marido de Bárbara, tem uma empresa do ramo musical, que trabalha com cantores como Marvvila, Buchecha, entre outros. O sogro de Bárbara, Alexandre Baptestini foi empresário da cantora Ludmilla.
Outras amigos, familiares e desconhecidos lamentaram o crime e criticaram a violência cotidiana no Rio.
“Tão linda, jovem demais. Que Deus conforte a família”, escreveu uma internauta.
“Menina cheia de vida. É revoltante ver isso acontecer todos os dias”, comentou outra.
As homenagens ressaltaram o contraste entre a alegria e vitalidade de Bárbara — que vivia uma fase promissora, repleta de planos — e o fim abrupto de uma vida interrompida por mais um episódio trágico da violência urbana no Rio de Janeiro.
