Os clientes e usuários de bancos devem ficar atentos às resoluções do Banco Central BC). No dia 2 de setembro, o BC publicou resolução que determina que os bancos não podem deixar de atender clientes presencialmente, mesmo quando disponíveis outros canais de atendimento.
De acordo com a resolução, é “vedado às instituições impedir o acesso, recusar, dificultar ou impor restrição ao atendimento presencial em suas dependências, inclusive em guichês de caixa, a clientes ou usuários de produtos e de serviços, mesmo quando disponível o atendimento em outros canais”.
A resolução determina ainda que “é vedada a imposição de restrições quanto à quantidade de documentos, de transações ou de operações por pessoa, bem como em relação a montante máximo ou mínimo a ser pago ou recebido ou ainda quanto à faculdade de o cliente ou o usuário optar por pagamentos em espécie”.
A observação dos clientes deve ser criteriosa por conta do processo de migração das operações bancárias para canais digitais que está crescendo. Mesmo isso diminuindo os custos das instituições financeiras, não se vê uma redução de tarifas bancárias cobradas dos clientes. Os usuários continuam pagando as mais elevadas taxas de juros e tarifas bancárias do mundo.
Por outro lado, os trabalhadores bancários também não se beneficiam, pois milhares perderam seus empregos ao invés de serem recolocados em outra ocupação ou de terem sua jornada de trabalho reduzida, debate que a tecnologia permite que venha à tona.
“Todo o processo de implantação do banco digital tem feito com que os bancos empurrem os usuários para os caixas eletrônicos ou para os aplicativos no celular. No entanto, isso não pode gerar uma negativa das agências em atender a população. Milhões de pessoas utilizam os serviços das agências e não podem ficar a mercê dessa tentativa de esvaziamento das unidades. A população deve denunciar os casos de recusa de atendimento nos canais do Banco Central. O Sindicato dos Bancários de Niterói e região também está à disposição para orientações”, afirma Jorge Antônio Porkinho, presidente do Sindicato, que lembra os bancos são uma concessão pública e o papel dessas instituições financeiras é atender ao público.