A Polícia Civil do Rio de Janeiro localizou e prendeu, nesta quinta-feira (16), quatro integrantes de uma organização criminosa especializada no golpe da “falsa central de banco”. A ação é um desdobramento de uma operação anterior e resultou na captura dos estelionatários em uma mansão de altíssimo luxo na Barra da Tijuca.
O golpe da “central fantasma” consiste em criminosos que se passam por funcionários de instituições financeiras, convencendo as vítimas de que suas contas estão sob ataque de fraude. Com esse pretexto, induzem as pessoas a fornecerem senhas, instalarem aplicativos de acesso remoto ou realizarem transferências diretas para contas controladas pela quadrilha. Estima-se que o grupo tenha feito mais de 200 vítimas em todo o país.
Integração policial e bloqueio de R$ 14 milhões
A ação desta quinta-feira foi fruto de um trabalho de inteligência integrado com a Polícia Civil de Santa Catarina. Após a Operação Central Fantasma, deflagrada em 14 de outubro em São Paulo, Guarulhos e Bertioga — que resultou na prisão de quatro criminosos e apreensão de R$ 80 mil em espécie —, a polícia fluminense descobriu que a liderança da quadrilha estaria escondida no Rio de Janeiro.
As investigações, iniciadas em julho de 2024 após uma vítima em Florianópolis sofrer um prejuízo de cerca de R$ 100 mil, revelaram a dimensão do esquema:
O grupo movimentou mais de R$ 25 milhões em três anos.

Utilizavam empresas de fachada para lavar o dinheiro e convertiam os valores na aquisição de veículos, imóveis e artigos de luxo.
A Justiça determinou o bloqueio judicial de até R$ 14 milhões dos investigados, além da indisponibilidade de imóveis, sequestro de veículos e apreensão de bens de alto valor, como joias, relógios e roupas de grife.
Os quatro criminosos capturados na Barra da Tijuca responderão por fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
