O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) deixou, na tarde deste sábado (29/09), o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ele recebeu alta após 22 dias internado após ser esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
Ele recebeu alta médica às 10h e deixou a unidade por volta das 13h45. Bolsonaro seguiu para o Aeroporto de Congonhas, de onde segue para o Rio de Janeiro. O candidato deixou o hospital por uma saída alternativa, evitando a imprensa e populares que aguardavam a sua saída.
Mesmo tendo recebido alta, Bolsonaro não deve retomar a campanha nessa reta final. Segundo Gustavo Bebbiano, presidente do PSL, a saúde do presidenciável permanece frágil e os atos de rua estão suspensos pelos próximos 15 dias.
AGRESSOR AGIU SOZINHO
O inquérito da Polícia Federal concluiu que o autor da facada, Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho no dia do crime, cuja motivação teria sido política. O resultado da investigação foi encaminhado ontem para o Tribunal de Justiça de Juiz de Fora (MG).
“Ficou claro que o motivo era o inconformismo político do senhor Adélio com os projetos políticos do candidato. A conclusão é que no dia desse ato, Adélio agiu desacompanhado de qualquer pessoa, não contou com a participação de ninguém”, disse o delegado regional de Combate ao Crime Organizado em Minas Gerais, Rodrigo Morais Fernandes, responsável pelo caso.
Adélio está preso em um presídio federal em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, para onde foi levado dia 8 deste mês, sob escolta da PF. A transferência de Juiz de Fora, em Minas Gerais, para Campo Grande foi determinada pela Justiça Federal.
Após seu depoimento na audiência de custódia, Adélio foi interrogado mais três vezes pela PF no presídio em Campo Grande (MS). Também foram analisados um laptop, quatro celulares e dois chips apreendidos com ele além de sua conta bancária, e-mails e postagens em redes sociais. “As contas em nome dele não possuem nenhuma movimentação atípica, os ganhos que estão nas suas contas se sustentam. Não tinha grandes gastos, vivia de forma simples”, disse Morais.
Segundo Morais, Adélio teria começado a planejar o crime três dias antes, quando soube que Jair Bolsonaro estaria na cidade naquela data. Em um celular apreendido pela PF havia fotos de outdoors anunciando a chegada de candidato na cidade.
No dia 6, Adélio saiu da pousada onde estava hospedado com a faca embrulhada em uma folha de jornal escondida dentro do casaco e acompanhou a agenda do candidato durante todo o dia até o momento do atentado. Ele esteve presente inclusive no restaurante do hotel onde o candidato do PSL almoçou na ocasião.
Adélio deve ser ouvido novamente no segundo inquérito conduzido pela PF para apurar a participação de outras pessoas no crime. O candidato Jair Bolsonaro também deve ser ouvido neste inquérito.
*com informações da Agência Brasil