Com mais de 50 anos de história, o movimento Hip-Hop se consolidou como um dos maiores símbolos de resistência, identidade e expressão da juventude periférica em todo o mundo. Muito além da música, ele é um instrumento de inclusão social, valorização cultural e transformação comunitária. Agora, essa força chega oficialmente às salas de aula do Rio de Janeiro.
A Câmara Municipal aprovou na quarta-feira (17) o Projeto de Lei 2827-A/2024, que cria o Programa Hip-Hop nas Escolas. A iniciativa, de autoria do ex-vereador Edson Santos e defendida pela vereadora Maíra do MST (PT), abre espaço para que estudantes da rede municipal possam aprender, criar e se expressar por meio da arte do Hip-Hop.
O programa vai muito além da música. Ele busca diminuir a evasão escolar, estimular a troca de experiências entre alunos, professores, artistas e agentes culturais, e ainda fortalecer a economia criativa, reconhecendo o Hip-Hop como parte da história e da identidade da cidade.
“É uma alegria aprovar esse projeto, que nasce das demandas dos territórios e mostra à juventude negra que é possível viver de forma digna com cultura e conhecimento. O Hip-Hop reconhece os saberes populares e os coloca lado a lado com os saberes acadêmicos”, afirmou Maíra do MST.
Entre as atividades previstas, estão as Batalhas Educacionais de Rima, que trarão para o centro das discussões temas ligados ao cotidiano escolar, social e comunitário dos estudantes — unindo aprendizado, criatividade e engajamento.
A proposta foi aprovada em 2ª discussão e segue agora para sanção ou veto do prefeito.
