Após dois dias de desfiles, a Praça da Apoteose, na Marquês de Sapucaí, voltará a receber os sambistas do Grupo Especial do carnaval carioca; é que acontece nesta quarta-feira (06/03) a apuração dos desfiles das escolas de samba. Confira, abaixo, um resumo de como cada escola passou pela principal passarela do samba do mundo.
• Império Serrano
O Império Serrano abriu a primeira noite de desfiles. Neste ano, a agremiação inovou e não trouxe samba para a avenida, fazendo uma adaptação do clássico da MPB “O que é? O que é?” de Gonzaguinha. Outra inovação do Império foi a ideia de colocar mestre-sala e porta-bandeira em cima de uma plataforma, quebrando a tradição do casal que leva o pavilhão da escola desfilar no chão.
• Viradouro
Logo em seguida veio a Viradouro, que retornou ao Grupo Especial após quatro anos na Série A. A niteroiense apostou na criatividade do carnavalesco Paulo Barros para empolgar o sambódromo com carros alegóricos luxuosos e um enredo que abordou a fantasia dos contos infantis, se colocando como uma das favoritas na disputa pelo título.
• Grande Rio
A Grande Rio foi a terceira agremiação a entrar na Marquês de Sapucaí com um enredo sobre a falta de educação e a importância de combater os maus hábitos em diversos aspectos da vida cotidiana. A escola chamou a atenção pelo toque de modernidade no desfile, usando drones e outros acessórios tecnológicos.
• Salgueiro
O Salgueiro, quarta escola a pisar na avenida, trouxe um enredo sobre o orixá “Xangô”. Com muito luxo e brilho em suas fantasias e alegorias, a escola foi a primeira a arrancar gritos de “é campeã”.
• Beija-Flor de Nilópolis
A quinta escola a desfilar foi a Beija-Flor de Nilópolis. Neste ano, a agremiação falou de sua própria história, reunindo elementos de desfiles anteriores e repassando os melhores momentos de seus 70 anos de carnaval.
• Imperatriz Leopoldinense
Quem veio depois foi a Imperatriz Leopoldinense, falando da relação do homem com o dinheiro. A escola apresentou muito dourado ao lado de suas tradicionais cores verde e branca, e o destaque ficou por conta da comissão de frente, que tinha um Robin Hood voador, suspenso por um guindaste, que jogava dinheiro falso para o público.
• Unidos da Tijuca
Encerrando o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial, a Unidos da Tijuca entrou na Marques de Sapucaí já na manhã da segunda-feira (4), com um enredo sobre o pão. A escola fez um belo desfile, com destaque para os atores que vinham a frente de cada carro alegórico, encenando os pontos do enredo. A agremiação conseguiu manter a empolgação do público, que no final invadiu a avenida e foi atrás dos componentes até a Praça da Apoteose.
• São Clemente
A São Clemente abriu o segundo dia de desfiles com uma releitura do enredo “E o samba sambou”, de 1990, ano em que ficou em sexto lugar e obteve o melhor resultado de sua história. Com uma pegada bastante crítica, a São Clemente tratou da comercialização do carnaval e das polêmicas com a prefeitura do Rio. Destaque para a comissão de frente, que representou a virada de mesa que salvou a Grande Rio e o Império Serrano da queda para a Série A no ano passado.
• Vila Isabel
Em seguida, a Vila Isabel veio para a avenida e fez um carnaval muito luxuoso para contar a história de Petrópolis, cidade da região serrana do Rio, fundada por Dom Pedro II. A escola também impressionou pelo tamanho dos carros alegóricos e, no final do desfile, fez uma homenagem à vereadora Marielle Franco.
• Portela
A Portela entrou na avenida homenageando a cantora – e portelense – Clara Nunes. A azul e branca de Madureira apostou no talento da carnavalesca Rosa Magalhães e conseguiu animar o público com um desfile sem erros.
• União da Ilha
A União da Ilha do Governador veio para o sambódromo com um enredo sobre o Ceará. A escola usou as obras dos escritores José de Alencar e Rachel de Queiroz para exaltar as belezas e contar a história do estado. O destaque foi a comissão de frente, que trouxe um Padre Cícero voador.
• Paraíso do Tuiuti
A Paraíso do Tuiuti apostou mais uma vez na crítica política e social, que rendeu o vice-campeonato no ano passado. A partir da história do bode Ioiô, animal que foi eleito vereador em Fortaleza nos anos de 1920, a escola fez uma sátira à situação política do país hoje.
• Mangueira
Quem também veio com um tema politizado foi a Estação Primeira de Mangueira. Com o enredo “História para ninar gente grande”, a escola falou personagens populares, negros e índios, que realizaram feitos importantes e não tiveram o devido destaque na história. A agremiação também fez uma homenagem vereadora Marielle Franco.
• Mocidade Independente de Padre Miguel
A Mocidade Independente de Padre Miguel encerrou os desfiles do grupo especial do Rio em 2019 falando sobre a passagem do tempo. A escola tratou da relação do homem com o tempo ao longo da história.
*com informações da Radioagência Nacional