Morador de Itaipuaçu desde o ano passado, o ex-atleta paralímpico Clodoaldo Silva foi até o local para receber sua primeira dose do imunizante AstraZeneca. A vacinação aconteceu na Igreja Batista Atos 2, o espaço cedido à Prefeitura recebeu a primeira dessas ações, que vai passar pelos outros três distritos da cidade nos próximos meses para facilitar o acesso deste público à vacina.
Com cinco participações em paralimpíadas onde conquistou seis medalhas de ouro, outras seis de prata e duas de bronze na natação, Clodoaldo deu parabéns à Prefeitura e ao Condef pela iniciativa. “A gente está vendo o que acontece no Brasil e no mundo o que esse vírus está fazendo, e poder se vacinar é algo que vale outro. Hoje, a vacina é minha maior medalha, e espero que essa iniciativa seja um exemplo para o país”, celebrou o ex-atleta.
Outras pessoas que foram vacinadas falaram do alívio que é estar imunizado. “Perdi um primo e outras pessoas conhecidas para a Covid-19. Para mim é um livramento receber a vacina”, contou Claudenise da Silva, de 50 anos, que foi a Itapeba mesmo morando em Itaipuaçu, onde a ação ainda vai chegar.
Aos 62 anos e já vacinada, Genilda Vale Guedes levou para a neta Jenifer Vale Assis, de 25 anos, para receber sua primeira dose. Ela sofre de digenesia de corpo caloso, uma má formação cerebral que a impede de andar e falar. “Ela gosta de dar as voltinhas dela, mas não estávamos saindo de casa por causa da pandemia, nem de ônibus. Depois da segunda dose, vamos poder voltar a passear”, projetou a avó.
A secretária de Saúde de Maricá, Simone da Costa, visitou o local de vacinação e afirmou que a segunda dose das pessoas com deficiência está garantida. “Temos uma reserva de doses da AstraZeneca que será voltada para a completar a imunização deste público. Montamos esta ação conjunta com o Condef para que esse grupo de pessoas se sinta mais acolhido neste momento”, explicou, lembrando que as próximas etapas nos outros três distritos ainda terão datas e locais definidos, pois aguarda a chegada de novas doses.
O presidente da entidade, Renê Lazzari, revelou que a ação servirá também para a realização de um censo das pessoas com deficiência na cidade. “Nossa missão é garantir direitos para essas pessoas. Por isso, procuramos a prefeitura para que a vacina pudesse cobrir esse grupo de forma especial”, reforçou.