Morreu nesta sexta-feira (11), a carnavalesca e comentarista Maria Augusta Rodrigues, aos 83 anos, de falência múltipla de órgãos.
A artista, considerada um dos grandes nomes do carnaval carioca, estava em tratamento contra um câncer, desde junho no Hospital São Lucas, em Copacabana, Zona Sul do Rio.
Nascida em São João da Barra, no Norte Fluminense, em 23 de janeiro de 1942, ela frequentava com a mãe as festas populares da região ainda quando criança.
Em 1968, Maria Augusta Rodrigues passou a integrar o grupo que preparava os desfiles do Salgueiro sob a supervisão de Fernando Pamplona, destacando-se no icônico desfile de 1971 com o enredo “Festa para um Rei Negro”.
Sua marca também ficou registrada nos carnavais inesquecíveis da União da Ilha do Governador, como “Domingo” (1977), onde foi pioneira no uso de todas as cores em um desfile de Escola de Samba, e “O Amanhã”, de 1978.
Além de ter participado do período conhecido como a “Revolução Salgueirense” e da ascensão da União da Ilha, Maria Augusta também teve passagens por Tradição, Paraíso do Tuiuti e Beija-Flor de Nilópolis.
Atualmente, ela era jurada do troféu Estandarte de Ouro. Maria Augusta era também professora de Artes aposentada da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em seu último carnaval, ela foi homenageada na Sapucaí pela escola de samba mirim Aprendizes do Salgueiro.
Diversas escolas de samba manifestaram pesar pela morte da carnavalesca pelas redes sociais.