A Justiça do Rio de Janeiro agendou para as 9h do dia 23 de março de 2026 o júri popular de Monique Medeiros e do ex-vereador Jairo Souza Santos, conhecido como Jairinho, pela morte do menino Henry Borel, ocorrida em 8 de março de 2021, quando ele tinha 4 anos.
Nas redes sociais, o vereador Leniel Borel, pai de Henry, celebrou a decisão e voltou a lamentar a perda do filho.
“Luto por justiça pelo meu filho há mais tempo do que tive a chance de conviver com ele. Henry viveu apenas 4 anos, e há mais de 4 anos eu acordo e durmo com o mesmo pedido: que a verdade sobre o que fizeram com meu menino seja revelada diante de toda a sociedade. Ver a data do júri marcada é como reabrir uma ferida que nunca cicatrizou. Dói demais, mas também me dá esperança de que, finalmente, Henry será ouvido pela Justiça”, afirmou.
Relembre o caso
Henry Borel, de 4 anos, foi levado pela mãe, Monique, e pelo padrasto, Jairinho, a um hospital na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na madrugada de 8 de março de 2021. Ele chegou à unidade com hematomas por várias partes do corpo.
Imagens divulgadas posteriormente mostram Henry sendo carregado já sem vida no elevador do prédio onde Monique e Jairinho moravam. De acordo com o laudo de necropsia, o menino sofreu 23 lesões na madrugada em que morreu.
A investigação conduzida pela 16ª DP (Barra da Tijuca) concluiu, em maio do mesmo ano, que o ex-vereador Jairinho agredia a criança. O inquérito também indicou que Monique tinha conhecimento das agressões, mas não tomava providências. Os dois foram indiciados por homicídio duplamente qualificado; Jairinho também foi denunciado por tortura, e Monique por omissão.
Monique e Jairinho foram presos preventivamente em abril de 2021. Em agosto de 2022, Monique deixou o presídio após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e passou a responder ao processo em liberdade. Cerca de um ano depois, voltou à prisão por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), após Leniel Borel apresentar prints de publicações dela no Instagram.
Em 2023, o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) manteve a decisão pelo júri popular e acrescentou novos crimes às acusações. Atualmente, ambos permanecem detidos em unidades do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.




















