A CDL Niterói está desenvolvendo junto com a Secretaria de Direitos Humanos um requisito para que o comércio obtenha – a partir do cumprimento desses requisitos – o selo antirracista. Ainda não há nada definido, mas a proposta está sendo desenvolvida pelas partes.
Segundo Luis Vieira, Presidente da CDL Niterói, os esclarecimentos precisam ser feitos para que não se cometa o racismo. “Nós precisamos orientar os comerciantes e colaboradores sobre a prática antirracista, para que não ocorra esse tipo de atitude dentro de estabelecimentos. O que aconteceu no comércio de Niterói não representa todo o comércio. O comércio não é racista, o comércio não compactua de nenhum tipo de discriminação; seja racista ou de cunho sexual, nada disso nós participamos e o comércio não pode ter essa configuração, muito pelo contrário”, disse.
A Roberta Massot, psicóloga militante de causas e movimentos e professora do 1º curso antirracista para psicólogos no Rio de Janeiro, está curiosa para saber novidades sobre esse selo.
“Ser antirracista não é somente dizer ‘eu não sou racista’. Ser antirracista é fazer movimentos para incluir pessoas negras no mercado de trabalho e permitir que as mesmas ascendam na instituição que trabalha. Ganhar um selo antirracista, não isentará o estabelecimento de ser racista. O racismo, na maioria das vezes é uma violência sutil e os funcionários podem comete-lo sem perceber”, explicou.
O município de Niterói vem sendo, infelizmente, palco de atitudes racistas em comércios da cidade. O Shopping Multicenter e a Papelaria Tid’s estão envolvidos nas acusações de racismo após crianças pretas serem acusadas de furto e outra ser expulsa do shopping só por está descalço.
A ação acontece em prol de uma conscientização para que não ocorra mais esse tipo de atitude na cidade, destacando a importância da causa e auxiliando o comércio para que não ocorra mais discriminação.
*Estagiário sob supervisão de Lucas Nunes*