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Centro de Diagnóstico e Tratamento realizou 4 mil atendimentos em outubro

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Foto: Clarildo Menezes

Quem procura atendimento médico na rede municipal de Maricá deve ter notado que as filas da espera pelos exames mais procurados praticamente deixaram de existir no Centro de Diagnóstico e Tratamento, que funciona no Hospital Conde Modesto Leal, no Centro. Em seis meses, os atendimentos saltaram de cerca de 500 em abril e chegam a 4 mil em outubro. Em setembro, foram mais de 3.800 pacientes atendidos.

“Exigimos dos médicos exclusividade nos plantões enquanto atendessem em nossas unidades e cobramos assiduidade. Outra providência foi realizar mutirões aos sábados para exames de imagem que tinham fila de espera, como o Eco Doppler”, explicou o coordenador do Centro, Edvaldo Baldow, lembrando que a meta ainda é maior. “O importante para nós é que não exista espera nenhuma, que o paciente venha e receba o atendimento. Os municípios da nossa região vivem uma crise que afeta suas redes de saúde e, com isso, muita gente de fora procura exames aqui que são caros na rede particular e que nós temos de graça e não podemos deixar de atender”, justifica Edvaldo, ao antecipar que o CDT terá três novas salas para atendimento.

O Centro de Diagnóstico e Tratamento do HCML concentra a maioria dos programas disponibilizados pela Secretaria de Saúde de Maricá, como Saúde do Homem e da Mulher, Planejamento Familiar, Hanseníase e outros, além da emissão de carteiras do Sistema Único de Saúde (SUS). Em um deles, o encarregado de posto de combustíveis Paulo Roberto Fialho, de 44 anos, fazia a primeira consulta sobre a vasectomia a que deve se submeter. “Estou recebendo todos os esclarecimentos necessários. Já tenho três filhos e acho que não precisa mais”, disse ele, que mora em Ponta Negra.

Entre os médicos que atendem aos pacientes, a satisfação também é perceptível. “Percebi que as reclamações diminuíram muito, porque as pessoas conseguem fazer os exames que procuram e o laudo sai na hora”, revela a ultrassonografista Viviane Vieira. Na equipe do CDT, está um dos únicos 25 anestesistas do país que tem especialização em dor crônica. Formada pela UniRio, Silvana de Castro ampliou sua graduação na Universidade de Paris e hoje atua na cidade com um serviço que, segundo ela, nem a Universidade Federal Fluminense (UFF) disponibiliza atualmente.

“Os estudantes de lá querem fazer um estágio conosco aqui, também porque estamos obtendo bons resultados. Temos hoje cerca de 800 pacientes, que se tratam das mais diferentes tipos de dor”, ressaltou Silvana, que atende no local há cinco anos. Uma de suas pacientes atesta a qualidade do atendimento, revelando que tinha dificuldade até para andar quando suas dores começaram, causadas por uma artrose. “Hoje eu já consigo vir de casa até aqui caminhando, melhorei muito com esse tratamento”, contou a empregada doméstica Maria Nazaré Cunha, de 57 anos, moradora do Bairro da Amizade.

A secretária de Saúde de Maricá, Simone da Costa, quer que o atendimento melhore ainda mais. Para isso, ela pretende montar uma central de regulação de entrada, para a qual está prevista uma capacitação dos profissionais entre os dias 18 e 20 deste mês, na Casa Digital. “A partir desta capacitação, vamos estabelecer critérios que vão levar em conta, por exemplo, a gravidade de cada caso. Isso fará com que as filas, que já tiveram seu tamanho reduzido, fiquem ainda menores”, projetou a secretária.

 

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